Trânsito já matou 16 pessoas em 2012

O trânsito gaúcho já tirou a vida de pelo menos 1.348 pessoas, segundo dados do Detran do Rio Grande do Sul, em levantamento preliminar realizado até o final de agosto. Entre as vítimas, pelo menos 16 moradores de Bento Gonçalves fazem parte dessa triste estatística. O índice representa 84% das mortes registradas em todo o ano passado.

No município, a rodovia RSC-470 continua sendo a mais perigosa. Dos seis acidentes com vítimas fatais registrados na rodovia, quatro aconteceram entre os quilômetros 207 e 213 (trecho entre São Valentim e o trevo da Linha Eulália) e dois na altura do quilômetro 218, que pertence à área conhecida como “curvas da morte”. 

Apesar dos esforços das autoridades para diminuir esses números, a cada ano mais vidas estão sendo ceifadas nas estradas, ruas, avenidas e vias das cidades gaúchas. Entre as mortes registradas neste ano em Bento, sete foram de mulheres e nove, de homens. O que chama a atenção é a idade das vítimas fatais. Três eram jovens entre 19 e 25 anos, três tinham de 26 a 40 anos, oito entre 41 e 60 anos e duas mais de 60 anos. Diferente das estatísticas no restante do Brasil, onde 29% dos mortos têm entre 18 e 29, em Bento a maior incidência tem acontecido com adultos, na faixa etária dos 50 anos. O grande número de atropelamentos fatais também vem assustando. Foram quatro registros só em 2012, sendo três vítimas do sexo masculino e uma do sexo feminino. 

As causas dos acidentes estão associadas diretamente à falta de atenção de condutores e de alguns pedestres e do excesso de confiança em si mesmos, além da velocidade acima do permitido para os trechos. “Em pesquisa realizada por policiais rodoviários, ao atender uma ocorrência de trânsito, a autoavaliação dos condutores é de que se consideram excelentes motoristas, e que o problema é sempre o outro. Nunca admitem e fecham os olhos para as infrações que vêm cometendo”, relata o capitão Rovani Costa, do 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar (3º BRBM). 

Outro problema que tem sido enfrentado pelos motoristas, principalmente na RSC-470, é a falta de manutenção. Além de apresentar desníveis e buracos que prejudicam o tráfego, boa parte da rodovia não possui acostamento. A Polícia Rodoviária ainda alerta os condutores para que redobrem a atenção em locais onde a precariedade do asfalto já é conhecida. 

Reportagem: Katiane Cardoso

Siga o SERRANOSSA!

Twitter: @SERRANOSSA

Facebook: Grupo SERRANOSSA