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Tristeza ou depressão? Você sabe a diferença?

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Por Renata Rigon Cimadon – Psicóloga – CRP 07/16650

Atualmente, os termos tristeza e depressão parecem ser utilizados quase que como sinônimos. Mas por que será que esses termos distintos estão servindo para designar um mesmo estado? Você sabe a diferença entre eles?

A tristeza faz parte da natureza humana e, mesmo que em alguns momentos a gente prefira não sentir, em algumas situações é inevitável e importante vivermos esse sentimento. Ou você acha que é possível ser despedido de um trabalho de que se gosta muito e não ficar triste? É possível ir mal em uma prova e não ficar triste? É difícil que estas situações aconteçam assim. Podemos pensar na tristeza como aquele sentimento pontual, decorrente de uma situação que, na maioria das vezes, identificamos com clareza o motivo deste sentimento. É um estado que costuma durar alguns dias ou semanas, tempo necessário para elaborarmos a situação de perda.

Já a depressão é diferente. Nela pode estar contida ou não uma sensação de tristeza e nem sempre identificamos exatamente o motivo pelo qual estamos deprimidos. Sentimo-nos apáticos, cansados e sem energia para realizarmos as tarefas cotidianas ou nos sentimos muito angustiados e ansiosos. Geralmente, na depressão a tristeza não vai embora em um tempo curto, pois não necessariamente é possível entender o que está se passando com a gente. Na depressão aquilo que antes se realizava com facilidade e prazer, passa a ser feito com dificuldade, esforço e sofrimento, e aí é hora de pensar em buscar ajuda.


 

A depressão, muitas vezes, surge em decorrência de múltiplos fatores externos (pressão ou estresse no trabalho, preocupações excessivas com alguma situação da vida, questões antigas que não ficaram bem resolvidas e que vem à tona por diferentes motivos, etc) e internos (origem biológica e/ou predisposição hereditária). 

Através da psicoterapia a pessoa poderá reconhecer e identificar os fatores que a levaram a desenvolver uma depressão. Assim, será possível, através desse acompanhamento elaborar e dar um novo sentido àquilo que gera desequilíbrio em sua vida. Nos casos mais leves, a psicoterapia, por si só, dá excelentes resultados. Nos casos graves, talvez seja necessária a utilização de medicação, mas o psicólogo avaliará e, se precisar, encaminhará para uma avaliação psiquiátrica.


 

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