Decisão atende a dois pedidos apresentados pelo PDT
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, incluiu, na segunda-feira, 16/01, a minuta encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, em uma ação que investiga a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição.
Além disso, Gonçalves acionou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para compartilhar provas colhidas em inquérito que apura os atos de vandalismo ocorridos em Brasília, no dia 08/01.
A decisão de Gonçalves atende a dois pedidos apresentados pelo PDT, sigla que pretende usar a minuta para reforçar as acusações de abuso de poder político por parte do ex-presidente. Sendo assim, a decisão será incluída em uma ação do PDT que visa investigar uma reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, quando ele fez uma série de acusações contra as urnas eletrônicas.
Gonçalves aponta que há uma “inequívoca correlação” entre as acusações feitas contra Bolsonaro durante a campanha eleitoral e a minuta.
Bolsonaro tem três dias para explicar minuta
O ministro Benedito, abriu na segunda-feira, 16/01, prazo de três dias para que o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifeste sobre a minuta.
O documento foi encontrado pela Polícia Federal, durante uma ação de busca e apreensão na casa de Torres. A minuta previa instaurar Estado de Defesa no TSE e reverter o resultado da eleição presidencial que deu vitória à Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sua defesa, Torres disse que o documento foi vazado “fora de contexto”, e que a minuta se encontrava em uma pilha de papéis para descarte.