TSE nega pedido para tornar Moraes suspeito para julgar Bolsonaro em processo

O recurso foi julgado em plenário virtual, em sessão extraordinária encerrada às 23h59 de segunda-feira, 10/04

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, por unanimidade, um pedido feito pela defesa de Jair Bolsonaro (PL) para que o ministro Alexandre de Moraes fosse afastado de um processo envolvendo o ex-presidente.

O recurso foi julgado em plenário virtual, em sessão extraordinária encerrada às 23h59 de segunda-feira, 10/04.

O pedido era baseado em um gesto feito por Moraes durante o julgamento de um processo envolvendo lives de Bolsonaro, em 27 de setembro do ano passado, na campanha presidencial, em que ele tentava a reeleição.

Na ocasião, Moraes fez um gesto de degola com o dedo, o que foi interpretado pela defesa como uma manifestação de “animosidade” com Bolsonaro e de “interesse pessoal” no processo.

O ministro Ricardo Lewandowski já havia negado o pedido de suspeição anteriormente, afirmando que “o objetivo da presente ação é apenas o de criar um fato político com o reprovável propósito de tumultuar o processo eleitoral”.

Em seguida, o caso foi parar no gabinete do ministro Nunes Marques, que usou das mesmas palavras para votar pela rejeição do pedido. Ele foi seguido pelos demais ministros que participaram do julgamento. Por ser alvo do pedido, Moraes ficou impedido de votar.