TSE nega registro de candidatura de Pablo Marçal à Presidência
Coach se lançou no pleito pelo PROS, mas trocas no Diretório Nacional mudaram a decisão
Em sessão na terça-feira, 06/09, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou por unanimidade, o registro da candidatura de Pablo Marçal, do PROS, à Presidência da República. No entendimento dos ministros, Marçal não pode seguir na corrida eleitoral, já que o próprio partido retirou a solicitação de registro.
O ministro Alexandre de Moraes destacou que o partido é atualmente presidido por Eurípedes Gomes Júnior e que, sob o comando dele, a sigla homologou o pedido de cancelamento da candidatura de Marçal e da então concorrente a vice-presidente, a policial militar Fátima Aparecida Souza. O julgamento da candidatura de Marçal ocorreu em poucos minutos.
Desentendimento no Pros
Eurípedes Gomes Júnior, que defende o apoio a Lula nas eleições, voltou à presidência do partido no mês de agosto, em razão de decisão da Justiça. No partido, existe uma disputa entre o grupo de Eurípedes e o de Marcus Vinícius de Holanda, que apoiava Marçal como candidato à Presidência da República.
Com a decisão que devolveu a presidência a Eurípedes, o Diretório Nacional do partido decidiu apoiar Lula, que chegou a se reunir com os dirigentes em viagens que fez para Brasília.
Quem é Pablo Marçal
Natural de Goiânia, Pablo Marçal tem 35 anos e 3,6 milhões de seguidores nas redes sociais. Ele promove atividades como coach que atraem pessoas de todo o país. Em janeiro deste ano, por exemplo, ele causou polêmica ao levar cerca de 60 alunos a uma expedição ao Pico dos Marins, no interior de São Paulo, sem considerar os perigos naturais de um dia de fortes ventos e chuvas.
O Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para resgatar o grupo, que sofria risco de morte por hipotermia. Pablo Marçal chegou a ser proibido pela Justiça de realizar qualquer atividade em matas e similares sem autorização prévia. O inquérito apurou ainda supostos crimes de tentativa de homicídio.
Marçal também é pastor. Na política, tem diz não ser nem de direita nem de esquerda e adota uma postura antipolítica nas redes. Para argumentar sobre o próprio sucesso, ele diz que “destravou os códigos da prosperidade e do governo da alma por meio da conexão com a fonte” e que, por isso, tem “um grande desejo de ajudar as pessoas a prosperar”.