Ufrgs diz que cobranças são “improcedentes”

A resposta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para as prefeituras da Serra Gaúcha não trouxe novidades quanto ao processo de instalação de um campus da instituição na região. Em ofício remetido à Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) ainda no final de outubro, a universidade apenas reiterou que, atualmente, trabalha internamente na construção da proposta do novo núcleo, a qual depois – ainda sem data definida – será apresentada aos municípios envolvidos na discussão.

O questionamento sobre a postura da Ufrgs contestava uma declaração do reitor Carlos Alexandre Netto a uma emissora de rádio, em meados de outubro. Na entrevista, Netto teria afirmado que caberia aos municípios chegar a um consenso quanto ao local de construção, posicionamento que revoltou a entidade, já que o acordo estabelecido é de que a decisão será técnica, e não política.

O documento enviado à Amesne é assinado pelo vice-reitor Rui Vicente Oppermann, que tem representado a Ufrgs nas negociações. No texto, ele afirma que a instituição considera “improcedentes e injustas” as cobranças realizadas, principalmente pela mídia, nos últimos meses. “Temos testemunhado, com perplexidade, que o assunto transbordou das tratativas interinstitucionais para eventos públicos e declarações intempestivas de diferentes atores, envolvidos ou não no processo, inclusive da própria Amesne”, diz um trecho do ofício.

O debate interno sobre a formatação do Campus Serra, nomenclatura que a própria Ufrgs tem adotado, é a etapa em que o projeto se encontrava ainda em junho, quando Oppermann participou de uma reunião com prefeitos que integram a associação, em Nova Roma do Sul. Naquela oportunidade, o vice-reitor já havia dito em entrevistas que essa fase poderia durar pelo menos mais um ano, de acordo com a experiência do Campus Litoral Norte. “Portanto, em nosso entendimento, a Amesne aguardaria a elaboração da proposta para voltarmos a discutir o assunto”, completa a resposta.

Desde então, entretanto, a universidade definiu que, entre outras graduações que devem ser anunciadas, trará cursos de engenharia para a região. Depois de iniciada a construção, o prazo para que o empreendimento seja concluído é de pelo menos três anos.


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