Ufrgs na Serra: Amesne quer definição de local

A lentidão e a falta de respostas no processo de instalação de um campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) na Serra Gaúcha começaram a incomodar a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne). Sem manifestações oficiais por parte da instituição de ensino superior desde a reunião realizada em Nova Roma do Sul, há mais de três meses, a Amesne endureceu a cobrança nos últimos dias, e quer que até o final do ano sejam definidos o local e os cursos do núcleo regional.

A principal preocupação da Associação é entrar 2014, ano eleitoral, sem as esperadas definições, o que poderia retardar ainda mais o processo. Mesmo que, ainda em junho, o vice-reitor da universidade, Rui Vicente Oppermann, tenha garantido a expansão à Serra para mais de 20 prefeitos que participaram do encontro, o representante da Ufrgs desviou de perguntas relacionadas à área de implantação, informando apenas que a instituição não coabitaria espaços já existentes.

Na semana passada, a Amesne remeteu ofício ao vice-reitor cobrando um posicionamento. “Já deveríamos ter uma resposta, acho que passou o tempo de sermos bonzinhos. Ainda neste ano precisamos saber para onde a Ufrgs irá e que cursos teremos”, afirma o presidente da entidade e prefeito de Santa Tereza, Diogo Segabinazzi Siqueira. 

Os poucos apontamentos concretos sobre a instalação da Ufrgs na região serrana indicam que, após a escolha do local e o início da construção, a previsão é de que a unidade entre em funcionamento em um prazo estimado entre três e cinco anos. Os cursos oferecidos serão da área de inovação e tecnologia.

Campanha em Caxias

No último dia 14, membros da Comissão Temporária Especial Pró-Universidade Pública Federal em Caxias do Sul lançaram a campanha “Quero a Ufrgs aqui”. Para Siqueira, a iniciativa não deve ter impacto na futura decisão da universidade. “Acho que não é a pressão popular que vai mudar a escolha, que deve ser técnica. O campus não vai fugir de Bento, Farroupilha ou Caxias. Não adianta insistir no mesmo erro, aquilo não resolveu nada há dois anos”, conclui, referindo-se à campanha “Vem, Ufrgs, vem”, lançada por Bento em 2011.


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