Últimos preparativos para a UPA

A espera de quase quatro anos para que a nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Botafogo, entre em funcionamento está perto do fim. A secretaria municipal de Saúde (SMS) trabalha nos ajustes finais para que o local esteja apto a receber a população ainda neste mês. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a inauguração poderá ser adiada por mais alguns dias, para poder conciliar com a agenda do governador José Ivo Sartori. A data deverá ser divulgada em breve.

De acordo com o assessor de gestão da SMS, Roberto Silvestre, a ocupação do prédio, com instalação de equipamentos e mobiliário, iniciou na semana passada. Em relação às obras, ainda restam alguns detalhes, mas que devem ser finalizados em curto prazo. Os profissionais que irão trabalhar no local também já iniciaram o treinamento. 

Após a inauguração da UPA, o laboratório de análises passará por reformas e funcionará provisoriamente no atual Pronto Atendimento 24 horas (PA 24h) – hoje instalado no antigo Hospital Galassi, também no bairro Botafogo. A área administrativa da SMS continuará na rua 10 de Novembro. A intenção é que no futuro os serviços voltem a funcionar no prédio do Galassi, porém, a mudança ainda não foi incluída no cronograma dos serviços. “A prioridade é o atendimento à população”, destaca Silvestre. 

Apesar de o prédio ter sido projetado para sediar uma UPA do tipo 3, em um primeiro momento ocorrerá apenas a transferência dos serviços do PA 24h. Na prática, será somente uma “mudança de casa”, até que seja feito o processo de habilitação da unidade. Como ainda não há garantia de que os repasses de fato serão encaminhados, os atendimentos continuarão a ser oferecidos apenas aos pacientes do município. Silvestre lembra que a indefinição envolvendo UPAs não é um problema exclusivo de Bento Gonçalves. Os recursos disponibilizados pela União não são suficientes para atender a demanda dos municípios. 

A UPA 3 integra a Rede de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde e é destinada a atender somente casos desses tipos para uma área de abrangência de 300 mil habitantes – o que faria com que o serviço fosse referência para outros municípios da região. A estimativa é de R$ 1,4 milhão em custos mensais, dos quais R$ 850 mil serão provenientes dos governos estadual e federal.  O PA 24h realiza em média 350 atendimentos por dia, número que deve se manter com a abertura da nova estrutura. Cerca de 120 profissionais atuarão no local, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, funcionários da administração e equipe de apoio. 

Quatro anosde espera

As obras iniciaram em setembro de 2011 e foram paralisadas em outubro de 2012 após crise nas finanças do município. Durante o tempo em que esteve parada, a obra sofreu problemas como infiltração e mofo. Em março de 2013 a prefeitura chegou a liberar R$ 450 mil para que a Engeporto, empresa que era responsável pelas obras, retomasse os trabalhos no local. Em novembro do mesmo ano o contrato com a empreiteira foi rompido. A justificativa era o não cumprimento dos prazos e definições do projeto. Após diversas rodadas de negociações, o município pagou R$ 1,85 milhão para quitar os valores devidos pelas obras executadas – incluindo as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Tancredo Neves, Fenavinho, Cohab, Vila Nova 2 e das subprefeituras de São Pedro e Vale dos Vinhedos, e da Praça dos Esportes e da Cultura, no bairro Ouro Verde. As obras só foram finalmente retomadas em julho de 2014, já que a primeira licitação não teve empresas interessadas.

 

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