Uma luz para a Fenavinho

Após três anos de incertezas e espera pela realização da 16ª edição da Festa Nacional do Vinho (Fenavinho), uma reunião marcada para a próxima semana pode encaminhar os novos rumos que o evento que projetou Bento Gonçalves nacionalmente tomará daqui para frente. No encontro, será discutida a possibilidade de revisão da condição de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), adotada em 2010, e que distanciou a prefeitura da organização da “festa-mãe” do município, nascida em 1967.

Sem fôlego financeiro após a última edição, em 2011, e até alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a Fenavinho encarou um período intenso de dúvidas sobre a sua continuidade. Desde o ano passado, e mais fortemente neste, o prefeito Guilherme Pasin reforçou o discurso de que a administração municipal estaria disposta a capitanear a retomada do evento, mas dependia justamente da mudança no estatuto que agora parece estar próxima. Por enquanto, ainda é considerada a hipótese de que a nova data seja definida para 2015, possivelmente na época de outono.

De acordo com o atual presidente da Fenavinho, João Strapazzon – que encerra seu mandato no final de agosto –, a proposta de que o governo volte a participar do processo, com o consequente fim da Oscip, será levada ao Conselho Deliberativo no dia 21 ou 22. “Nada está decidido ainda, mas vamos tentar acelerar essas definições, porque o tempo está correndo. Entendo que o município tem que estar envolvido, porque a Fenavinho é uma festa da cidade, uma marca de Bento, e não apenas um evento do setor, mas é o conselho que discutirá isso”, afirma Strapazzon. Segundo ele, o debate ainda deverá envolver outras instâncias internas e entidades.

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Strapazzon admite que não pretende continuar à frente da Fenavinho, embora garanta que permanecerá envolvido com o evento e, especialmente, com as negociações do passivo. “Eu fui eleito para uma edição e não posso continuar. Faço questão de participar, porque assumi compromissos e meu nome está envolvido, mas não vou ser presidente. A Fenavinho não é minha, não sou vitalício no cargo”, completa.

Mesmo assim, ele avalia como viável a realização em 2015. “Teria pouco tempo, mas pode ser feito. Tudo depende do tipo de evento que se quer. Acho que o melhor agora seria voltar às origens, com os pés no chão, resgatar tradições locais e da região, envolver mais o interior e pensar em um tom mais festivo, voltado principalmente ao vinho e à gastronomia. Há duas edições, o modelo de feira deu certo, mas já não funcionou como gostaríamos na última. Só que tínhamos que tentar, era a única maneira de saber se o resultado seria positivo”, argumenta Strapazzon.

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A mobilização popular, na visão dele, deve ser o motor da próxima edição. “Não precisa ser uma festa pequena, mas precisa atrair a comunidade para participar. E para ela se envolver, é necessário que tenha algo que realmente chame a atenção. Eles precisam ver que algo bom está acontecendo. Depois, com toda a comunidade envolvida, é muito mais fácil que os turistas também se sintam atraídos para vir à festa”, analisa.


Prefeito no aguardo

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O prefeito Guilherme Pasin diz manter a esperança de que a próxima edição seja, de fato, em 2015, mas ressalta que o Poder Público não pode interferir nas decisões da Fenavinho até a mudança estatutária. “Por enquanto, só podemos dizer que, por questões legais, a prefeitura não pode assumir qualquer pendência financeira que tenha ficado. Mas, assim que tivermos a possibilidade de voltar a participar do polo ativo da festa, não resta dúvida que as coisas vão andar. É só com o município abrindo portas que a Fenavinho voltará a ser grande. O insucesso da feira está diretamente ligado à omissão ou a não presença do município. Isso ficou claro. A prefeitura se omitiu no passado, não cobrou que isso fosse mudado, mas agora eu quero voltar”, garante.

Pasin destaca ainda que também defende que a festa assuma um caráter mais comunitário, de integração popular. “Parece que o que houve, com o passar do tempo, foi um afastamento do povo de Bento da festa. Talvez, tenham pensado muito em trazer pessoas de fora e esqueceram de quem vive aqui. Isso tem que mudar, é nossa história que está aí dentro”, conclui o prefeito.

 

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Reportagem: Jorge Bronzato Jr.

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