Unick: Polícia Federal entrega 1.600 bitcoins para pagar clientes

Bitcoins serão destinados ao pagamento de clientes lesados pela empresa Unick

Unick: Polícia Federal entrega 1.600 bitcoins para pagar clientes.
PF entrega 1.600 bitcoins para ressarcir clientes lesados pela Unick. Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal entregou, na última sexta-feira (24), cerca de 1.600 bitcoins à Vara de Falências de Novo Hamburgo (RS). Os ativos digitais, apreendidos da empresa Unick durante a Operação Lamanai, estavam sob custódia da PF desde 2019. Os 1.600 bitcoins valem, pela cotação desta terça, aproximadamente R$ 1 bilhão.

A transferência foi concluída após um procedimento complexo, que envolveu policiais federais, advogados dos réus, representantes de tabelionato e da massa falida, entre outros participantes.

Os valores repassados serão usados para pagar os credores da massa falida da Unick, empresa investigada por operar um esquema de pirâmide financeira durante a Operação Lamanai.

Além de conduzir as investigações e reunir as provas que embasaram a ação penal contra os responsáveis pela Unick, a Polícia Federal desempenhou papel essencial na recuperação dos valores, aumentando as chances de as vítimas reaverem parte de seus recursos.

Entre os credores estão milhares de pessoas físicas que acreditaram estar investindo em uma oportunidade de alta rentabilidade. Assim, a recuperação dos ativos representa um possível alívio financeiro para quem foi prejudicado. Até o momento, não há informações oficiais sobre como será feito o ressarcimento nem sobre quais valores serão devolvidos.

Pirâmide financeira

A Unick deixou um rastro de prejuízos em todo o Rio Grande do Sul. Em cidades como Bento Gonçalves e Pinto Bandeira, muitas pessoas investiram economias e até contraíram empréstimos para aplicar na empresa, que prometia juros superiores aos do mercado. Além disso, oferecia bônus por indicação de novos “investidores”, o que reforçava o esquema.

No início, tudo parecia funcionar bem. No entanto, com o passar do tempo, alguns clientes perderam contato com a empresa e não conseguiam mais conferir seus valores ou acessar o aplicativo. Nesse momento, já era tarde: a fraude se sustentava apenas enquanto novos investidores ingressavam, permitindo à Unick pagar os primeiros aplicadores — um clássico esquema de pirâmide financeira, conhecido mundialmente.

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