Universidades públicas, o berço dos hipócritas
Circulam na internet vários vídeos de escolas no Rio Grande do Sul onde alunos do Ensino Médio se reúnem – ou são reunidos – para entoar palavras de ordem e se denominarem a “resistência” contra um governo que ainda nem começou. O mais engraçado é que a maioria desses vídeos surge em escolas particulares. Questiono os pais: vocês concordam com esse tipo de estímulo e a força que emana de muitos professores em um esquema sujo de doutrinação infantil?
Ano passado alguns conhecidos meus ingressaram em universidades federais, resultado: lavagem cerebral. Não é difícil chegar a conclusão do que ocorre e da defesa subconsciente hipócrita que desperta o ativismo nesses jovens. Pense comigo: 1) Quantos conhecidos hoje você tem em universidades públicas. 2) Quantos desses são de famílias que poderiam pagar o ensino desses filhos em universidades particulares. Pois é, todos, eu disse todos os jovens que conheço em Bento Gonçalves vêm de famílias que teriam, sim, a condição de pagar a educação dos filhos e assim não ocupar vagas em universidades que teoricamente deveriam servir aos com menos condições. É claro que eu sei sobre como a máquina funciona, sobre o pensamento de “se eu não estiver nessa vaga, outra pessoa com condição estará”, mas a questão principal não é essa e sim a hipocrisia que automaticamente passa a dominar esses jovens que ingressam em setores públicos. É por isso que eles tendem a amar as “minorias”, é uma forma de afagar a própria culpa.
Preste atenção no típico jovem da universidade federal, olhe para seu vizinho, para o filho de algum parente seu. Preste atenção em como opera esse jovem após aderir aos movimentos estudantis. Perceba como ele, com uma boa condição de vida, adere às causas “dos pobres, negros e oprimidos”, note como tudo isso é exatamente uma forma de aliviar a culpa, amenizar a hipocrisia de quem apenas gira com as engrenagens desse mesmo sistema o qual esse jovem diz estar combatendo.
Eis uma das grandes ferramentas desses que comandam as massas semianalfabetas que vivem hoje nas universidades. Muitos professores de índole corrupta, reitores usando dessa hipocrisia para anexarem suas ideologias aos alunos aos quais eles deviam educar e não manipular.
Estamos diante uma geração perdida, vencida pela bússola quebrada da ética e moral, pela culpa como ferramenta desse falso engajamento. O apoio aos excluídos, o amor pelos sem oportunidades, e veja: fazem tudo isso aderindo ao sistema, ocupando vagas de quem não teve uma educação básica.
Esses jovens que clamam por igualdade, que dizem ser a resistência, são os mesmos que não ligam a mínima para as crianças que não têm um ensino básico de qualidade. Esses jovens das universidades são os mesmos que pedem mais investimento no Ensino Superior, mas esquecem totalmente do principal setor da educação, o Ensino Básico, o ensino que tende a definir o destino daquele ser humano e sua possível posição na sociedade.
Os gritos, as marchas, os “elenão”, tudo isso é fruto da hipocrisia, um sequestro ao intelecto dos jovens através da culpa, a culpa de estarem usando da máquina pública, a culpa por seus pais darem a eles a oportunidade que tantos outros nunca vão ter.
É assim que se fundem as massas em universidades, jovens que dispõem de cotas e se tornam escravos da máquina pública andando lado a lado com jovens que teriam condição para não estarem aí. Juntem tudo isso a professores doutrinadores e está feito o país que vemos hoje.
Por isso repito aos pais: prestem atenção nos filhos de vocês. Não há nada mais revolucionário do que uma mente jovem, mas também não há nada mais estúpido e facilmente manipulável.