UPA: atraso em repasses ultrapassa R$ 2 milhões

Com um custo médio estimado em R$ 1,3 milhão por mês, a manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do tipo 3, localizada no bairro Botafogo, está preocupando o município. Inaugurada há cinco meses e servindo de referência também para outras cidades da região, a UPA tem sido mantida exclusivamente com recursos da prefeitura de Bento Gonçalves. O atraso nos repasses estaduais e federais soma R$ 2,215 milhões, segundo estimativas da secretaria municipal de Saúde (SMS).

De acordo com o assessor de gestão da SMS, Roberto Silvestre, desde a abertura, nenhum valor foi repassado aos cofres municipais. No dia 1º de outubro deste ano, uma portaria assinada pelo ministro da saúde, Arthur Chioro, habilitou o município a receber mensalmente R$ 250 mil por parte do governo federal, mas os valores ainda não começaram a chegar.

A portaria estadual que autoriza o repasse de R$ 175 mil, por sua vez, não foi publicada até o momento. Embora atrasos no credenciamento sejam comuns, o município busca agilizar a liberação dos recursos junto ao Ministério da Saúde e à secretaria estadual da Saúde. A expectativa é de que sejam repassados os valores retroativos, desde a data de abertura da unidade, mas ainda não há data definida.

UPA 3

A UPA 3 integra a Rede de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde e é destinada a atender somente casos destes tipos para uma área de abrangência de 300 mil habitantes. Cerca de 120 profissionais atuam no local, entre médicos, enfermeiros, técnicos de  enfermagem, funcionários da administração e equipe de apoio.

PA 24h no São Roque custaria R$ 800 mil mensais

Sem os repasses federais para custear a manutenção da UPA, um dos projetos aguardados pela população para melhorar o atendimento na área da saúde ficou em segundo plano: a abertura de um Pronto Atendimento 24 horas no bairro São Roque. “Estamos preocupados com o atraso dos repasses. Isso tem feito com que os recursos que seriam utilizados para agilizar a abertura do PA 24 horas no São Roque sejam destinados para a UPA”, explica o secretário-geral de Governo, Enio De Paris.

O custo de manutenção da nova estrutura, conforme levantamento da SMS, é estimado em R$ 800 mil mensais. Algumas adequações na estrutura seriam necessárias; contudo, o orçamento segue sendo elaborado. A prefeitura também não fez, por enquanto, o estudo das adequações que precisariam ser feitas ao quadro funcional e não tem um prazo definido para que o projeto avance.

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