UPA completa três anos com mais de 400 mil atendimentos realizados

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada no bairro Botafogo, completa três anos nesta segunda-feira, dia 18. Desde sua inauguração, já foram realizados mais de 403 mil atendimentos. A Unidade conta com 16 leitos de observação. São 174 profissionais da saúde, sendo 20 enfermeiros, 35 técnicos em enfermagem, 12 administrativos, nove higienizadores, 80 médicos plantonistas clínicos e 18 médicos plantonistas de pediatria.

O coordenador médico da UPA, Nury Jaffar Abboud Filho, destaca que mesmo depois de três anos, um dos principais problemas é a falta de informação sobre o fluxo de atendimento do local. "A UPA é destinada para atender urgências e emergências, e nossa equipe foi qualificada para seguir os protocolos médicos e a classificação dos pacientes é realizada através do protocolo de Manchester. Vale lembrar que os casos mais simples, como consultas de Clínica Geral, curativos e aferição de pressão arterial, devem continuar sendo sanadas pelas demais unidades", ressalta.

Para o secretário-adjunto de Saúde, Marlon Pompermayer, o aniversário da Unidade pode ser comemorado pelo avanço e evolução na qualidade do atendimento. "Hoje podemos comemorar os avanços apresentados na UPA, a população conta com um atendimento qualificado. Com o trabalho de gestão realizado temos a nossa disposição grande parte dos remédios, o prontuário eletrônico e o raio-x digital, que também, trouxeram agilidade nos atendimentos", disse. O secretário ainda salienta que "estamos em constante evolução e o retorno da população é importante para nosso trabalho, por isso procuramos ouvir e atender as demandas existentes", afirma.

Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)
Instalado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) o sistema possibilita o armazenamento de histórico clínico, exames, diagnósticos e tratamentos do paciente, independentemente da unidade de saúde em que foi atendido.

Quais os casos que são atendidos na UPA?

Prioritariamente os casos de emergência, ou seja, pessoas que necessitam de atendimento imediato com risco de morte ou de sequelas. Como nos casos de acidentes, ferimentos por arma de fogo, queimaduras, dor no peito, falta de ar e pressão alta. A UPA presta também atendimento imediato à pacientes com quadro agudo, em casos cirúrgicos ou trauma, promovendo a estabilização do paciente e sua observação, por período de até 24 horas ou até que seja providenciada remoção para uma unidade de alta complexidade, caso seja necessária transferência.

Protocolo de Manchester

Vermelho – Emergência 
Necessita atendimento imediato
Tempo de espera: 0 minutos

Amarelo – Urgente 
Necessita atendimento rápido, mas podem aguardar
Tempo de espera: 30 minutos

Verde – Pouco urgente
Pode aguardar atendimento
Tempo de espera: 120 minutos

Azul – Pouco Urgente 
Consulta de Baixa Complexidade
Tempo de espera: 240 minutos

Fluxo de atendimento

1º – Ao chegar ele é acolhido por um profissional de saúde, o qual escuta seu caso, e a partir do seu relato é estabelecida uma prioridade para o seu atendimento.

2º – Após esse acolhimento, ele é direcionado para o registro, local onde são registrados seus dados pessoais (data do nascimento, endereço, telefone, entre outros), por um auxiliar administrativo.

3º – Após o registro de seus dados pessoais ele é encaminhado para um profissional enfermeiro(a) que amplia a escuta de suas queixas. Esse profissional faz um exame simplificado, no qual é avaliada sua temperatura, valor da pressão, respiração, pulso. A partir desse exame, o enfermeiro(a) classifica o grau de risco do paciente, ou seja, se ele deverá ser atendido imediatamente ou se poderá esperar pelo tempo necessário para esse atendimento, sem qualquer risco à sua integridade, priorizando-se sempre os casos mais graves. Desta forma, o atendimento é feito por gravidade, e não por ordem de chegada. 

4º – Após a classificação do seu grau de risco, ele aguarda na sala de espera ser chamado pelo médico.

5º – No consultório do médico é dado prosseguimento ao atendimento inicial, e a partir dessa consulta, o paciente poderá fazer exames (de sangue e de raios X), medicação (na sala de medicações); ser encaminhado para a sala de observação e ir para casa, dependendo de seu estado clínico ou necessidade de saúde. Nos casos de pacientes mais graves, após sua estabilização são transferidos para unidades hospitalares que oferecem mais opções de serviço e equipamentos adequados à maior gravidade, como Centro Cirúrgico, internação e outras especialidades.