UPA será tema de audiência da Assembleia

Sem garantia de conclusão até o final deste ano, a obra da Unidade de Pronto Atendimento 3 (UPA 3), que marca a fase inicial da implantação de um hospital público em Bento, será tema de audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa (AL), por envolver a utilização de recursos estaduais. A proposta de debater o empreendimento foi apresentada pelo deputado estadual Aldacir Oliboni (PT) à Comissão de Assuntos Municipais (CAM), após reivindicação da bancada petista da Câmara de Vereadores. 

Nos próximos dias, será definida a data do debate, que deve ser realizado ainda em novembro, durante a sexta e última reunião da Frente em 2013. Serão convidados a participar da discussão representantes do governo do Estado, da secretaria estadual de Saúde, do Ministério da Saúde e da administração municipal. Desde outubro de 2012, quando a crise financeira paralisou diversas obras na cidade, a conclusão do novo Pronto Atendimento, erguido no bairro Botafogo, vem se arrastando. Problemas como infiltrações deterioraram, inclusive, móveis que estavam depositados no local.

Além da questão estrutural, a UPA ainda está cercada de incertezas quanto ao modelo de gestão que será adotado pela prefeitura para manter o seu funcionamento. No final de agosto, quando participou da quinta reunião da Frente Parlamentar, o secretário municipal de Saúde, Roberto Miele, afirmou que o Poder Público estava avaliando modelos aplicados em outras cidades, como Canoas e Novo Hamburgo, onde houve terceirização, e buscaria casos em que os municípios assumiram totalmente o atendimento com profissionais do quadro. Assim como a construção, a intenção da prefeitura também era definir como gerenciará o novo estabelecimento de saúde até dezembro, o que não deve ocorrer.

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De acordo com o secretário de Governo, Cesar Gabardo, o prefeito Guilherme Pasin deve apresentar na próxima semana um pacote de medidas para o setor da saúde em Bento. Além de contemplar projetos como o da UPA e das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de lata, que começaram a ser implantadas no governo anterior, o anúncio também deve abordar a questão de licitações para contratações de serviços. “São ações a curto, médio e longo prazo. Com certeza, para este ano, podemos esperar novidades no que se refere a atitudes por parte da prefeitura. No caso de entrega de obras, ainda temos muitas dificuldades, principalmente com os processos licitatórios”, adianta Gabardo.

Nos últimos 45 dias, as secretarias de Governo e Saúde coordenaram um trabalho para verificar a situação das obras ligadas à área da saúde no município. O resultado desta avaliação, que também envolveu análises de orçamentos e contratos, é justamente o material que será trazido a público por Pasin. A expectativa é que o chefe do Executivo também aborde como se dará a continuidade da implantação do Hospital do Povo, que nasceu como Complexo de Saúde do Trabalhador (CST) no mandato de Roberto Lunelli. “Construir nós conseguiremos, isso parece claro. A preocupação é como administraremos e é isso que deve ser bastante discutido. Mas tudo ainda é prematuro”, conclui o secretário.

Reportagem: Jorge Bronzato Jr.


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