Segundo a Polícia Federal, ele estaria aliciando pessoas da região de Santana do Livramento para que permitissem a exploração sexual de seus filhos e filhas
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na segunda-feira, 27/05, a Operação Wotan, para reprimir a exploração sexual infantojuvenil no Rio Grande do Sul.
Na ação, policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva em Santana do Livramento. O investigado também foi preso em flagrante pelo crime de armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente (art. 241-B ECA).
A Operação Wotan teve início em abril de 2024, a partir de notícia de crime encaminhada à Polícia Federal sobre o armazenamento e compartilhamento de vídeos e fotos de abuso sexual infantojuvenil, suspeitas de favorecimento da prostituição e aliciamento de crianças, além da produção de imagens com cenas pornográficas envolvendo criança e o possível abuso sexual de uma criança. Somadas, as penas podem chegar a 46 anos de reclusão.
O investigado é uruguaio, reside no Brasil e já foi condenado em seu país por crimes de armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantojuvenil. Recentemente, investigação da Polícia Civil apurava denúncia de que ele estaria aliciando pessoas da região para que permitissem a exploração sexual de seus filhos e filhas.
Wotan é conhecido na mitodologia nórdica como o Deus dos disfarces, tal qual o investigado, que tinha mais de dez perfis em redes sociais, além de registros uruguaio e brasileiro com nomes diferentes.
A ação ocorre durante o Maio Laranja, mês de conscientização e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.