UTI pediátrica será mantida até o final de março

Após anunciar que encerraria os atendimentos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica no início deste mês, o Hospital Tacchini prorrogou até o dia 30 de março o prazo para que o governo do Estado se posicione sobre o cumprimento de sua parte na manutenção do espaço, motivo pelo qual o fechamento foi determinado. Segundo o Tacchini, ao reestruturar a unidade no ano passado, a secretaria estadual de Saúde (SES) assumiu o compromisso de auxiliar a instituição financeiramente e com o encaminhamento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que nunca teria ocorrido de fato. 

Representantes do hospital e da SES, além da prefeitura e Conselho Municipal de Saúde, reuniram-se na última segunda-feira, dia 9, para tratar do assunto, quando o novo prazo foi definido. O Tacchini não comenta a decisão para não atrapalhar as negociações.  O déficit da instituição com a manutenção da UTI, paga somente com recursos próprios, é de mais de R$ 200 mil mensais.

A SES justifica que a habilitação para atendimento nos referidos leitos ainda não ocorreu devido à transição de governo e ao decreto de José Ivo Sartori suspendendo o pagamento de dívidas por 180 dias. Além disso, o Estado ainda aponta a falta de alguns documentos, os quais o hospital garante ter entregue.

O Conselho Municipal de Saúde ainda está confiante em um aceno positivo. “Somos referência, prestamos atendimento a pacientes de todo o Rio Grande do Sul e estamos equipados com um quadro de profissionais qualificados, aguardando somente este encaminhamento do Estado”, afirma a presidente do conselho, Adriana Lazzarotto. “Perder esse serviço seria lastimável”, completa.  

 
UTIs neonatal e pediátrica

Em julho de 2014, para atender à determinação do Ministério da Saúde, o Hospital Tacchini readequou as UTIs neonatal e pediátrica, distinguindo os espaços que antes atendiam de forma mista. Para dobrar a capacidade, o investimento para a reestruturação na época ultrapassou R$ 400 mil. A ala pediátrica, que corre o risco de ser fechada, conta com 9 leitos.

Reportagem: Priscila Pilletti


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