Vacina: segurança e eficácia

Após passarmos por um ano excepcional e de muitas dificuldades, o que esperamos para este ano novo? Foram meses, vivendo acuado e com medo. Mas o que importa é que chegamos aqui, com saúde principalmente, e torcendo para que tudo isto acabe ou seja minimizado neste 2021, com a esperança na chegada da Vacina. Esta, que já está sendo disponibilizada em muitos países. Mas o que é, e como é produzida uma vacina? 

Vacinas são substâncias de origem biológica, sintetizadas a partir de micro-organismos causadores de doenças, como vírus e bactérias, para que em contato com o organismo possam estimular a produção de anticorpos, de maneira que, ao entrarmos em contato com a doença, ela possa ser combatida, antes mesmo de gerar alguma alteração no organismo. São inúmeras as tecnologias empregadas na produção de vacinas, desde aquelas produzidas a partir de micro-organismos mortos, até mesmo as produzidas a partir de micro-organismos geneticamente modificados utilizando um fragmento de DNA. 

São inúmeras as metodologias para síntese de uma vacina, não sendo um processo simples e tampouco rápido que a torne seguro para o uso em humanos. O início se dá pela descoberta e mecanismo o qual o agente irá interferir no desenvolvimento da doença, além dos insumos que serão necessários para sua produção em grande escala, tornando o processo viável para execução. A partir daí, inicia-se a fase de estudos pré-clínicos a qual é realizada em cobaias, como coelhos, ratos ou camundongos principalmente, na qual o objetivo é avaliar ações específicas do antígeno e possíveis ações de toxicidade geral. 

Passando por essa etapa, inicia- -se o processo experimental para estudos clínicos, o qual desencadeia na fase de estudos clínicos que envolve os testes em humanos, esta, distribuída em três fases, a de segurança, a da imunogenicidade e reatogenicidade e a eficácia. São necessárias milhares de pessoas para que essas fases sejam concluídas e com um tempo adequado. Com a obtenção de resultados satisfatórios na fase III, a qual determina a eficácia, dá-se o início do registro na ANVISA, órgão que autoriza o uso no Brasil, permitindo assim a produção e distribuição para aplicação a todos que desejarem esta proteção. 

O importante é refletirmos o quão complexa é a sua produção, e o cuidado e responsabilidade que a ciência tem com a sua segurança e da população que faz uso dela. Portanto, que chegue logo, e sejamos livres para decidir se queremos nos proteger ou continuar a correr risco de vida sem um tratamento eficaz a todos.

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