Vereador de Novo Hamburgo é condenado por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da exploração de jogos

Todos os condenados envolvidos no caso podem recorrer da decisão em liberdade

Foto: Maíra Kiefer/CMNH

O presidente da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, vereador Emerson Fernando Lourenço (PDT), foi condenado com outros acusados, na última segunda-feira, 06/04, em primeira instância, pela prática dos crimes de fazer integrar organização criminosa e de lavagem de dinheiro por 14 vezes.

Os criminosos foram alvo de ação penal que se iniciou a partir de operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Núcleo Lavagem de Dinheiro) e a Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Denarc. A operação identificou vínculo entre os réus com alto escalão de uma das maiores organizações criminosas do RS voltada, especialmente, ao tráfico de drogas e de armas.

O agente político foi condenado a uma pena de 16 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, e à interdição para o exercício de cargo ou função pública por oito anos, assim como foi decretada a perda do cargo ou função pública. Os demais réus foram condenados a penas que, somadas, chegam a 32 anos e 2 meses de reclusão, além da pena de multa. Ainda, foi determinado o perdimento de todos os bens – móveis e imóveis -, além de valores, constritos na ação penal.

Todos os condenados podem recorrer da decisão em liberdade.

Nota da defesa do vereador:

“A defesa técnica observa que ainda não foi intimada oficialmente da sentença.

Que não foi observado o Princípio processual da identidade física do juiz, visto que o magistrado que prolatou a sentença não participou de qualquer ato da instrução processual.

Dos seis clientes que essa defesa técnica defende, cinco são totalmente primários, todos da família do Presidente.

Que na instrução processual a defesa técnica trouxe argumentos que provaram a inocência dos seus clientes e o fundo político que originou esse processo, inclusive com depoimento judicial de testemunha que fez o link político de onde e quem seria a autoridade que deu a ordem de investigação inicial.

Que a defesa técnica lembra que o Presidente da Câmara de Novo Hamburgo foi o segundo vereador mais votado no último pleito e que esse rótulo negativo que tentam vincular a sua pessoa não é o que a população de Novo Hamburgo corrobora.

A defesa irá recorrer convicta de que hoje temos uma família e todos os que acompanham o Presidente da Câmara e vereador sendo injustiçados por uma sentença que não condiz com o que a instrução do processo revelou.

Eduardo Pivetta Boeira
OAB/RS62.551″

Fonte: Ministério Público do Rio Grande do Sul