Vereador de Porto Alegre se recusa a cantar o hino do RS por considerar a letra racista
Ao tomar posse no cargo de vereador em Porto Alegre, Matheus Gomes (Psol), se recusou a cantar o hino do Rio Grande do Sul durante cerimônia na última sexta-feira (01/01).
A atitude do vereador acabou provocando reação da vereadora Comandante Nádia (DEM), ainda durante a posse. Ao discursar, a vereadora defendeu que seu colega cometeu uma descompostura ao não se levantar durante a execução do hino e que ele deveria primeiro respeitar os símbolos oficiais do Estado.
Após a fala da vereadora, o vereador pediu uma questão de ordem e afirmou:
“Nós, como bancada negra, pela primeira vez na história da Câmara de Vereadores, talvez a maioria daqui que já exerceram outros mandatos não estejam acostumados com a nossa presença, não temos obrigação nenhuma de cantar um verso que diz: ‘povo que não tem virtude acaba por ser escravo’”, disse. Ao final, o vereador completou: “Nós não temos obrigação disso e nós precisamos fazer um movimento na sociedade pra reverter a existência de uma frase de cunho racista no Hino do Rio Grande do Sul”.
Hino do Rio Grande do Sul
Letra: Francisco Pinto da Fontoura
Composição: Joaquim José Mendanha
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Mas não basta, pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra