Vigilância epidemiológica revela principais efeitos colaterais da vacina em Bento

A campanha de vacinação contra a COVID-19 em Bento Gonçalves teve início no dia 19/01 e, desde então, quase 9 mil pessoas, entre profissionais da saúde e idosos a partir dos 75 anos, já foram vacinadas. Após dois meses do começo da imunização, muitos moradores seguem temerosos em relação aos efeitos colaterais e à eficácia das vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil – a CoronaVac e a vacina de Oxford/Astrazeneca. A primeira está sendo utilizada a partir da liberação do uso emergencial pela Anvisa. Já a segunda teve o registro definitivo aprovado pela agência na sexta-feira passada, 12/03. 

Conforme dados da vigilância epidemiológica de Bento Gonçalves, entre os principais efeitos colaterais das vacinas está febre, dor de cabeça e dor muscular, mas também já chegaram relatos de mal-estar estomacal, náuseas e diarreia. As queixas são relatadas, em sua maioria, nas 24 horas após a primeira dose. 

Entretanto, o setor afirma que nenhum morador vacinado no município teve reações alérgicas graves ou outros sintomas que necessitaram internação hospitalar. “São reações presentes em outras vacinas do nosso calendário vacinal, nada de diferente. Nenhuma reação grave”, ressalta a secretária de Saúde, Tatiane Fiorio. 

Ótica Debianchi

Óbitos de pacientes vacinados

Questionada sobre óbitos de pacientes vacinados, a secretária relata que apenas foram registrados casos de pacientes com faixa etária avançada e debilitados por outras enfermidades. “Nenhum foi associado ao recebimento da vacina”, afirma. 

Pacientes positivados após a vacina

Ainda conforme a secretária, o município já registrou casos de pacientes que testaram positivo para o Coronavírus mesmo após a primeira dose da vacina. “Isso era uma situação esperada, tendo em vista que estudos mostram que a vacina impede o agravamento do caso, a não complicação, mas não a infecção”, pontua. 

No fim de fevereiro, o SERRANOSSA conversou com a Coordenadora Corporativa de Farmácia do Hospital Tacchini, Suhélen Caon, para tratar sobre a criação de anticorpos após a vacinação. Na ocasião, ela explicou que a proteção começa, em média, duas semanas após a aplicação da segunda dose no paciente, mas a maior quantidade de anticorpos é registrada um mês após o término da vacinação.

Na entrevista, a profissional também ressaltou que, se o paciente tiver COVID-19 entre uma dose e outra, deve esperar a melhora completa para completar a imunização. Além disso, ela ressaltou que os resultados preliminares de doses “atrasadas” não demonstra perda de eficácia do imunizante. 

Conforme a secretaria municipal de Saúde, a segunda dose da CoronaVac em Bento estão sendo aplicadas entre o 15º e o 28º dia da primeira aplicação. No caso da vacina de Oxford/Astrazeneca, a segunda dose está sendo aplicada 12 semanas após a primeira. 
 

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