Vinícola Aurora: a safra do futuro

Por Renê Tonello, presidente da Cooperativa Vinícola Aurora

Foto: Zeto Teloken/Divulgação

Encerramos a mais desafiadora safra da história da Cooperativa Vinícola Aurora, com números superlativos em quantidade e qualidade de uva. Em meio a uma crise que nos surpreendeu, damos as mãos para superarmos o desafio de concluir com êxito o período da colheita e mergulharmos em uma nova página de nossa história quase centenária. Não queremos relativizar os fatos que envolvem a contratação da empresa terceirizada Fênix, que objetivava a alocação de trabalhadores em nosso processo produtivo. Foi algo que nos entristeceu profundamente. Imediatamente pedimos desculpas à sociedade brasileira pela nossa falha em não fiscalizar as condições oferecidas por esse fornecedor aos trabalhadores no ambiente externo à vinícola. E garantimos que isso nunca mais ocorrerá a partir de medidas que estamos tomando em todos os níveis de nossa gestão.

Do episódio lamentável, surgiram reflexões e a certeza de que sairemos desta situação como uma organização ainda melhor, mais sustentável, tolerante e diversa, reforçando nossos laços com a comunidade, com os mais de 1.100 associados, 500 colaboradores e com milhares de famílias que consomem nossos produtos no Brasil e no mundo. Tudo isso ancorado em novos e revitalizados projetos de compliance e ESG, que já estão sendo implantados junto a todas as pessoas e empresas que se relacionam com a nossa marca.

A safra deste ano carrega esta simbologia. Ela representa o futuro. Num período de cerca de 90 dias recebemos 70,5 milhões de quilos de uva, um aumento de 6,5% em relação ao ano de 2022. Uma conquista importante para a cooperativa em um ano cujas condições climáticas, de pouca chuva em nossa região, não nos favoreceram em termos de quantidade. Mantivemos o expressivo índice de produzirmos mais de 10% de toda a uva colhida no Rio Grande do Sul, nos consolidando como a maior cooperativa vitivinícola do Brasil.

Felizmente, registro inverso ocorreu em relação à qualidade. A mesma ausência de chuvas no período anterior à colheita fez com que o índice brix – que mede a doçura da uva – ultrapasse os 20 pontos nesta safra, índice comparável a do ano de 2020, considerada a melhor da história em nosso Estado. São todas boas notícias que nos animam e que definem essa como a safra do futuro. Que deixa como legado institucional uma organização revigorada, consciente e orgulhosa de seus princípios cooperativos e disposta a manter relações cada vez mais éticas e transparentes com a sociedade. Por outro lado, ela que nos trará vinhos de excepcional qualidade em breve tempo, o que certamente reforçará o quadro de premiações e o orgulho do setor vitivinícola da Serra Gaúcha, do Rio Grande do Sul e do Brasil.

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