Vinícola de Pinto Bandeira faz centenas de fogueiras nos vinhedos para evitar efeitos de geada
“Ela impede que a geada, que vem de baixo para cima, possa subir e congelar os brotos. Estamos na época de formação dos brotos, e, se forem atingidos pela geada, congela e impede a produção”, explica Daniel Geisse, dono da vinícola
A Vinícola Família Geisse, em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, fez centenas fogueiras para salvar uma área de vinhedos da geada na noite desta sexta-feira, 25/08.
Segundo o proprietário da vinícola, Daniel Geisse, foi colocado um ponto com fogo a cada 5 metros. Foram aproximadamente 50 fogueiras por hectare. A técnica provoca uma espécie de camada de inversão térmica, que ajuda a aumentar as temperaturas médias dos vinhedos.
“Ela impede que a geada, que vem de baixo para cima, possa subir e congelar os brotos. Estamos na época de formação dos brotos, e, se forem atingidos pela geada, congela e impede a produção”, explica Geisse. Além das fogueiras, máquinas que lançam ar quente e até drones, que movimentam as massar de ar, foram utilizados.
Ele diz que esse processo é usado na Europa, pois é difícil aumentar a temperatura em um ambiente frio. O fogo ajuda a manter a temperatura média do vinhedo acima de 0ºC. De acordo com Geisse, eles conseguiram aumentar de 2ºC a 3ºC a temperatura próximo ao solo.
Confira o registro:
*Com informações de g1 RS
**Matéria corrigida às 10h10 com novas informações de Daniel Geisse, proprietário da vínicola