As redes sociais na internet são uma febre e não servem apenas para conectar amigos: conectam também empresas e consumidores. Empresas de todo o mundo já colhem frutos da atividade na internet e, para o setor vitivinícola, não poderia ser diferente. Uma pesquisa da agência de marketing digital norte-americana ABLE feita entre vinícolas dos Estados Unidos (EUA) e da França revela que tem crescido a percepção da importância das redes sociais nessas empresas e o melhor: para cada vez mais vinícolas, a presença na internet significa aumento nas vendas. As vinícolas brasileiras, segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), estão interessadas em obter resultados semelhantes.
Nos EUA, 94% das vinícolas consultadas têm perfil na rede social Facebook e 73% têm conta no microblog Twitter. Entre as vinícolas francesas, 53% estão no Facebook e 41% no Twitter. Segundo a pesquisa, 47% das vinícolas norte-americanas que estão no Facebook consideram que o site ajuda a gerar vendas. Na França, no entanto, ainda há desconfiança em relação ao papel do site no mercado de vinhos: apenas 9% das vinícolas com conta no site acreditam que o Facebook gere vendas. Contudo, entre as que não têm perfil na rede social, 52% acreditam que o Facebook ajudaria a incrementar as vendas.
No Brasil não há ainda um levantamento específico da presença de vinícolas nas redes sociais, segundo o Ibravin. Mas o interesse no tema tem crescido, segundo o gerente de marketing do instituto, Diego Bertolini. Na programação do Dia do Vinho, no final do mês de maio, o Ibravin e o Sebrae promoveram em Farroupilha um workshop sobre Mídias Sociais. Cerca de 130 pessoas participaram do evento e saíram com planos de melhorar sua participação na internet.
Para Bertolini, as mídias sociais não sustentam a comunicação: são uma ferramenta a mais. E a boa utilização pode gerar resultados positivos para os empresários. “Hoje não há comunicação unilateral. Hoje se dialoga com o consumidor”, explica o gerente. “Essa possibilidade de diálogo que as mídias sociais representam as torna fundamentais. Elas são uma ferramenta que proporciona o diálogo com o público-alvo da vinícola”, complementa.
O incremento das vendas pode ocorrer, segundo Bertolini, porque a publicidade “boca a boca” é o principal fator de influência na decisão de compra de um consumidor de vinhos. E na internet, indicações de produtos estão ao alcance de qualquer pessoa facilmente. Para as vinícolas, trabalhar essa mídia tem trazido bons resultados, por isso as empresas brasileiras têm se mobilizado para incrementar sua presença na rede.
Reportagem: Eduardo Kopp
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