Viúva de PM assassinado em 2016 faz desabafo após júri que condenou os autores

O júri dos cinco acusados de matar o policial militar Thales Ferreira Floriano, em Cidreira, no Litoral Norte, em 2016 teve início na terça-feira (06/10) e terminou na madrugada desta quarta-feira (07/10). 

O crime ocorreu em 06/08/2016, quando 12 policiais militares foram chamados para atender ocorrência de  invasão de casas no bairro Chico Mendes. Segundo as investigações, as invasões decorreram de disputas por ponto de tráfico no local. O policial militar Thales Ferreira Floriano foi atingido na cabeça em confronto com os criminosos. Ele foi socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.

A sentença, proferida pelo juiz Gilberto Pinto Fontoura, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tramandaí, condenou todos os réus por homicídio duplamente qualificado, por outras 11 tentativas de homicídio duplamente qualificado e por duas violações de domicílio triplamente qualificado. As penas variaram de 84 a 102 anos de prisão.

Após ouvir a tão esperada sentença, a viúva do policial assassinado, Renata Magnus, fez um desabafo sobre o tempo em que aguardou a decisão da Justiça. 

Confira o texto na íntegra:

“…Estou aqui o dia inteiro nesta angústia, pois são exatos 4 longos anos e 2 meses, com um nó na garganta, esperando a justiça ser feita. 

Só Deus sabe o que passei, e ainda passo, noites mal dormidas, dormir e acordar sempre pensando nisso… e o pior de tudo, ver uma criança chorar de saudades do pai e eu não poder fazer nada…isso corta o coração…

Foram longos anos de angústia, mas como a justiça divina não falha, hoje posso dar meu grito e dizer que a justiça foi feita. 

Nada trará você de volta, mas agora meu amor, você pode descansar em paz.  
 
Que assim seja  

Agradeço a todos os envolvidos que permaneceram do lado do bem.  A pouco terminou o júri popular, fica aqui meu desabafo.  …”  Renata Magnus
 

Foto: Arquivo Pessoal