Vizinhança do barulho

Um arsenal de aspirinas e analgésicos na primeira gaveta da mesa no escritório. Para trabalhar, só se for com as janelas fechadas e o ar condicionado ligado. Conversar ou atender ao telefone é praticamente impossível. Essa é a rotina de muitas pessoas que trabalham no Edifício Cainelli, prédio vizinho a uma obra em construção na rua Cândido Costa, no centro de Bento Gonçalves. “Nós passamos o dia com dor de cabeça. Não conseguimos falar, nem atender os clientes”, afirma uma das pessoas que atura o barulho das máquinas todos os dias. Infelizmente não é somente na área central que as reclamações acerca das detonações surgem em número e gravidade cada vez maior.

O barulho é constante ao longo do dia em muitos pontos da cidade devido à grande quantidade de construções em andamento. As detonações servem para aumentar o número de andares destinados à garagem no subsolo para que o prédio possa subir o máximo possível verticalmente. Isto acontece porque, atualmente, o índice é contado a partir do nível da rua, o que faz com que as escavações e detonações se tornem quase que obrigatórias para que os empreendedores consigam equilibrar o custo da obra com a rentabilidade da mesma.

A preocupação com a questão tem mobilizado as autoridades. Na última semana uma reunião realizada pelo Conselho Municipal de Planejamento de Bento Gonçalves (Complan), um dos assuntos colocados em pauta foi este. O prefeito Roberto Lunelli também falou sobre a questão em uma reunião-jantar realizada no início do mês no Centro da Indústria e Comércio (CIC). Para Lunelli, o objetivo é diminuir os transtornos causados pelo barulho das detonações, além de baratear as obras. “Seria uma facilidade para a construção civil. A ideia é fazer com que o estacionamento no subsolo seja facultativo”, afirma. O construtor teria a opção de usar três andares erguidos verticalmente apenas para estacionamento, sem computar esta parte no índice de altura. O projeto está sendo elaborado e discutido pelo Complan e deverá passar pela análise do Fórum das Entidades e, posteriormente, pela Câmara de Vereadores. Na próxima semana uma nova reunião será feita para definir os detalhes da nova lei.

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 Josiane Ribeiro

 

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