Você cultiva a boa memória?

Criar uma rotina que preserve a memória é preocupação que deve ter início desde cedo. Desde alimentação até atividades físicas, passando por controle de estresse, seus hábitos têm relação direta com a manutenção de talhes passados. “A memória tende a diminuir conforme os neurônios vão envelhecendo, por isso o ideal é tomar cuidado para que esse prejuízo seja o mínimo possível”, afirma o neurologista Maurício Hoshino, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. Para deixar a sua habilidade de recordar mais aguçada, responda o quiz e fique por dentro do que especialistas recomendam.


Manter uma rotina ajuda na memória?
 

Segundo o neurologista Maurício Hoshino, manter uma rotina significa fazer as atividades de sempre no automático, ou seja, sem pensar direito. “Você não exercita o cérebro mais do que já exercitou antes, porque ele não precisa captar e processar coisas novas”, explica o profissional. Passar por experiências diferentes não deixa que a função de memorizar fique enferrujada. Você já está indo pelo caminho certo: responder a este quiz já é uma forma de exercitar a mente.

Atividade física prejudica o cérebro?

Ler, conversar, fazer palavras cruzadas e outros exercícios intelectuais são muito importantes para estimular o cérebro – mas, sozinhos, não são suficientes. O sedentarismo é um dos maiores inimigos da memória. “Quando movimentamos o nosso corpo, o coração pulsa mais rápido e o cérebro é oxigenado – isso é sinônimo de saúde para o corpo todo”, explica o psicólogo Walter Tamandaré, do Hospital Adventista de São Paulo. O neurologista Maurício Hoshino conta que a atividade física evita que substâncias tóxicas fiquem acumuladas nos neurônios.

Ter déficit de atenção significa ter problemas de memória? 

É unânime entre os especialistas: problemas de atenção são cada vez mais comuns. “Vivemos preocupados, ansiosos ou com pressa e, por isso, realizamos as tarefas de maneira afoita e desatenta. Resultado: você não lembra o que fez ou como fez suas atividades”, afirma o neurologista Álvaro Pentagna, do Hospital São Luiz, em São Paulo. Mas cuidado para não confundir: desatenção não significa que você não tem capacidade de memorizar. “Com mil coisas na cabeça, você não presta atenção direito e não consegue fixar a informação, ou seja, não tem como se lembrar de algo que você mal prestou atenção”, esclarece Maurício Hoshino. Por isso, procure manter o foco no que você está fazendo no momento, garantindo que o cérebro conseguirá guardar esse acontecimento.

Qual a melhor alternativa para memorizar algo novo aprendido?

Depois de tanto trabalho, o cérebro merece descansar. Um estudo da Universidade de Nova York (EUA) mostrou que períodos de total descanso, após o aprendizado, são capazes de afiar a memória. Momentos de relaxamento, mesmo quando estamos acordados, também podem ser bastante eficazes porque permitem a transferência das informações entre as regiões do cérebro – facilitando o arquivamento dos dados. Nesse ponto, vale reforçar a importância de manter um sono de qualidade. “Pessoas com distúrbios, como apneia, têm um sono fragmentado. Ao longo do tempo, isso provoca comprometimento da memória, porque o hipocampo (área cerebral relacionada à memória) tem as funções prejudicadas”, explica o neurologista Álvaro.

Que tipos de drogas prejudicam a memória?

Tanto drogas ilícitas quanto lícitas, como álcool e cigarro. Estudos vêm apontando que o uso de drogas afeta a capacidade de memorizar acontecimentos, e muitos incluem bebida alcoólica e tabaco. “Há componentes do cigarro e do álcool que podem destruir as células do cérebro”, afirma Walter Tamandaré. “Como a memória está espalhada em diferentes áreas do cérebro, como hipotálamo, amigdala cerebral e córtex cerebral, ela também fica prejudicada.”

O uso de medicamentos pode afetar a memória?

Muito cuidado com o abuso da automedicação para tratar problemas cotidianos, como dores de cabeça e de estômago ou dificuldade de dormir. Componentes presentes em alguns remédios, principalmente calmantes, podem gradativamente causar lesões permanentes no cérebro. “Pessoas que fazem uso indiscriminado dessas medicações são grandes candidatas à demência mais cedo na velhice e têm maior risco de Alzheimer”, alerta Walter Tamandaré.

Quais alimentos ajudam a preservar a memória? 

Segundo a nutricionista Daniela Cyrulin, há uma infinidade de nutrientes que garantem a saúde do cérebro e, consequentemente, da memória. Anote alguns deles: fisetina (morango, pêssego, uva, kiwi e tomate), ômega 3 (peixe e linhaça), fitoesterois (sementes, grãos e óleos vegetais), vitaminas E, C e do complexo B (frutas em geral, grãos e sementes), triptofano (leite, queijo branco, carnes magras e nozes) e bioflavonoides (uva e folhas verde-escuras).

Quais doenças podem ter relação com a memória? 

São muitas as doenças que afetam a memória: Alzheimer, distúrbios do sono, distúrbios hormonais – como hipotireoidismo -, Acidente Vascular Encefálico (popularmente chamado de AVC ou derrame), entre outras. Por isso, é preciso ter cuidados com os fatores de risco dessas doenças, que são obesidade, diabetes, hipertensão e tabagismo, principalmente. “Pessoas com diabetes, que tenham um mau controle da glicemia, têm maior risco de AVC e comprometimento neuronal. Isso por que as células do sistema nervoso sofrem uma espécie de desidratação e passam a ter dificuldades nas conexões”, afirma o neurologista Álvaro Pentagna. Já pessoas com obesidade também têm risco maior de ter apneia do sono, o que também prejudica a memória.

Por Letícia Gonçalves
Fonte: Portal Minha Vida

(www.minhavida.com.br)


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