Você tem alergia a frutas? Conheça a frutosemia

Fernanda Carramaschi Gabriel | Nutrição | CRN 41211/SP

Você já ouviu falar em frutosemia, a alergia à frutas? De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a intolerância alimentar é um processo secundário, ou seja, ocorre por causa da ausência de alguma substância que impede a digestão de determinados alimentos. A alergia alimentar, por sua vez, está relacionada a processos alérgicos em que o corpo reconhece o alimento como prejudicial.

A frutosemia, ou intolerância à frutose, por sua vez, é a falta da enzima que digere esse açúcar no corpo. Sintomas comuns são diarreia, inchaço e flatulência. Em casos mais graves, pode ocorrer dor abdominal e vômitos. Essa intolerância atinge uma a cada 20 mil pessoas no mundo, o que é considerada uma baixa prevalência.

Costuma ocorrer em crianças menores, como no período de introdução alimentar (6 meses), e entre aquelas que têm irmãos com essa intolerância, que têm mais risco de desenvolver o problema. A frutose está presente em frutas, xaropes, mel, melaço e açúcar de coco. Está altamente presente em alimentos industrializados, como fórmulas infantis, iogurtes e biscoitos. Por isso, é imprescindível criar o hábito de ler o rótulo dos alimentos. Há uma tolerância individual de cada pessoa, mas assim é preciso descobrir quais frutas e tipos de adoçantes, como mel ou açúcar de coco, são o gatilho para os sintomas.

Outro caso de pessoas que não podem consumir frutas são aquelas com alergia ao pólen, em que o corpo reconhece essa substância como nociva, levando a sintomas na área oral. O consumo do pólen pode levar a coceira na boca e na garganta, além de inchaço dos lábios e da língua. Esse tipo de alergia costuma aparecer em pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens, mesmo que tenham consumido frutas durante os anos anteriores. O pólen está presente em frutas como maçã, cereja, kiwi, pêssego, ameixa, pera, melão, laranja e banana. Nesse caso, é possível consumir as frutas cozidas ou assadas, já que o calor muda a estrutura do pólen e, assim, não há reação alérgica.

 

Nestes dois casos, o tratamento se baseia na eliminação de frutas da alimentação, por isso é preciso se atentar ao consumo de nutrientes presentes nesses alimentos, como vitaminas A e C, além de fibras. O consumo regular de verduras, legumes, castanhas, sementes e grãos integrais são essenciais para uma alimentação completa. Além disso, o acompanhamento de um médico ou nutricionista é fundamental para garantir uma nutrição equilibrada e saudável.