Voltando no tempo

Quem convive um pouco mais comigo, conhece meus gostos musicais. Mais ainda: quem convive comigo sabe que meu estilo de música preferido é o rock dos anos 80 e 90. Nacional e internacional. Algumas coisas dos anos 2000 ainda são aceitas. Pouquíssimas, confesso! 

Porém, quem me conhece um pouco mais sabe o quão tolerante eu sou, no sentido de aceitar ouvir qualquer coisa, desde que agradável aos ouvidos ou no momento certo. Afinal, cabe, sim, harmonização musical ao ambiente ou às circunstâncias.

Explico tudo isso pelo fato de que, curiosamente, este texto ganhou corpo na parte inicial de uma música da dupla Jorge & Mateus, chamada “Pergunta Boba”, que questiona, em sua primeira estrofe, se é possível voltar no tempo, relatando que seria a vontade do protagonista da música. Será?

Curiosamente, todos nós, eu creio, em determinado momento, temos vontade de voltar no tempo. Em alguns momentos bons, lembranças, locais ou até de estar perto de pessoas que já não mais fazem parte das nossas vidas ou já não mais estão entre nós, por certo, fazem com que queiramos, sim, voltar no tempo.

Nesta semana mesmo, mais uma vez, voltei no tempo mais de uma vez. Lembranças dos tempos de escola, lembranças de um passeio sensacional que eu fiz, dentre outras pessoas, com um casal de amigos, pessoas especiais, com quem eu tenho a alegria de conviver até hoje. Aliás, esse casal de amigos é daqueles que, mesmo que às vezes aconteça de ficarmos meses ou até anos sem nos vermos, os encontros são sempre calorosos, acalorados e repletos de lembranças, ao mesmo tempo em que sempre queremos saber uns dos outros, já que sempre quisemos – e ainda queremos – o bem uns dos outros.

Nesse ponto, mais uma vez, posso me sentir privilegiado. Também nesse ponto, eu diria, já que tenho experimentado situações que, diariamente, me mostram que eu tenho muito mais a agradecer do que a pedir. Até se considerarmos o que foi escrito nesse espaço na última semana…

A verdade é que somos a soma dos nossos dias. A pessoa que eu sou hoje é o produto do dia após dia. O Thiago de hoje é, por certo, um somatório de tudo aquilo que aconteceu, de todas as histórias e lembranças vividas nesses 41 anos de vida. 41 anos muito bem vividos, hoje – e cada dia mais – eu tenho a certeza disso. 

Tudo bem, Thiago, mas e a vontade de voltar no tempo? Onde fica? Não fica! Eu, hoje, carrego o meu passado na memória, mas tenho plena consciência de que o hoje é que importa. No “hoje” eu tenho minha família, meus amigos, meu trabalho, meu sócio, que é uma das pessoas mais sensacionais que eu conheço, e todos vocês sabem disso, pois ele já foi homenageado aqui, e mais 24 horas de possibilidades de chegar em um novo amanhã. 

E, se o amanhã não chegar, eu tive o hoje. Mas não tenho vontade nenhuma de voltar no tempo. Eu tenho o passado somente nas boas lembranças, pois o lugar dele é lá, no passado…

Até a próxima!

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