Xixi sem querer

A incontinência urinária, como o próprio nome sugere, ocorre quando a pessoa perde o controle de segurar a urina. A maioria dos pacientes desconhece que essa dificuldade exige cuidado médico. Devido aos constrangimentos e aos prejuízos sociais causados pela doença, a pessoa costuma demorar para buscar ajuda e realizar o tratamento adequado.

Segundo o urologista e professor de medicina da Universidade de Caxias do Sul, Fabio Pasqualotto, a pessoa só percebe o problema quando a urina começa a escorrer pela perna, involuntariamente. “O paciente costuma não perceber que quer ir ao banheiro e não consegue segurar”, descreve. O distúrbio pode acontecer em ambos os sexos, mas é mais comum nas mulheres. “Parto, obesidade, uretra mais exposta, são algumas das razões que fazem a doença ocorrer com mais frequência nas mulheres”.

Os idosos têm maior possibilidade de sofrer de incontinência urinária. “A faixa etária atingida pelo problema costuma ser mais avançada”, destaca Pasqualotto. Cirurgia pélvica, idade, diabetes, Parkinson, obesidade, cirurgia de câncer de próstata e parto vaginal são algumas das causas do problema.

Conforme o urologista, o tratamento depende do local que estiver sendo afetado. “Se o problema estiver na bexiga são utilizados medicamentos, caso seja na uretra costuma ser realizada cirurgia”, explica. Para quem quer prevenir, o médico sugere que isso seja feito a longo prazo. “Manter uma vida saudável, praticar exercícios, cuidar da alimentação e evitar a obesidade são os principais cuidados”, ressalta.

A capacidade média da bexiga masculina é de 500ml, enquanto que a feminina varia entre 200ml e 400ml.

Tipos de Incontinência Urinária

Total ou verdadeira: quando há perda constante de urina;

Paradoxal ou por transbordamento: quando a bexiga fica tão cheia, por incapacidade de ser esvaziada, que transborda;

Por urgência (ou urge-incontinência): quando está associada a um desejo forte, súbito e inadiável de urinar;

De esforço (ou por estresse): quando ocorre perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforços.

Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia


Reportagem: Francine Ghiggi

Siga o SerraNossa!

Twitter: http://www.twitter.com/serranossa

Facebook: Grupo SerraNossa