Zoo da UCS busca apoio e recursos externos para ampliação de suas atividades
De acordo com o diretor do Instituto Hospitalar Veterinário e Coordenador do Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Leandro do Montes Ribas, a despesa mensal do Zoo varia entre R$ 50 e R$ 60 mil
Fundado em maio de 1997, o Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS) surgiu para atender a demanda de órgãos de fiscalização ambiental que, na época, precisavam de um local adequado para acolher os animais silvestres em situação de vulnerabilidade.
De acordo com Diretor do Instituto Hospitalar Veterinário e Coordenador do Zoológico da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Leandro do Montes Ribas, as despesas mensais com Recursos Humanos (RH), alimentação dos animais e manutenção de recintos do Zoo, são exclusivos da UCS, ou seja, se mantém sem ajuda de recursos externos.
Diante deste cenário, o Zoo da UCS vem articulando parcerias para conseguir investimentos, principalmente por parte dos agentes beneficiados pelos serviços que o Zoo desenvolve para a conservação da fauna do bioma Mata Atlântica na região.
“Não se trata de dificuldade financeira que ponha em risco os animais do Zoo. Estão todos recebendo a mesma atenção e cuidados de sempre, do melhor. Precisamos investir na revitalização de nossa estrutura fauna silvestre”, esclarece.
Ribas explica que a UCS busca integrar uma rede de cooperação pública e privada em suas ações por entender que a proteção da fauna silvestre requer um esforço conjunto de autoridades públicas, instituições, comunidade local e sociedade como um todo para garantir a preservação e a conservação das espécies da fauna silvestre e urbana para a manutenção de ecossistemas saudáveis.
Para isso, Ribas adianta que a UCS está em contato com diversos órgãos, tais como secretarias municipais de Meio Ambiente, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul (SEMA RS), Ministério Público, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), parlamentares da região, além dos poderes legislativo e executivo municipal.
“Neste movimento com agentes públicos estamos reafirmando o compromisso da UCS com o desenvolvimento sustentável de nossa região. Estamos colocando a disposição dos órgãos de proteção da fauna silvestre a nossa estrutura e expertises já consolidadas, nosso conhecimento e recursos humanos do Zoo que em 2022 foram reforçados pela inauguração dos serviços especializados e tecnologias para diagnósticos e tratamentos em saúde animal disponíveis em nosso Instituto Hospitalar Veterinário que fica em frente ao Zoo e compõem nosso Complexo em Saúde Animal da UCS. Também estamos esperançosos que empresas possam colaborar com este patrimônio ambiental, educacional, cultural e turístico de Caxias do Sul e região. A escuta está produtiva e começamos encaminhamentos promissores, mas ainda há muito o que se fazer”, garante.
Despesa mensal
De acordo com Ribas, atualmente o Zoo da UCS tem em seu plantel atende 92 animais, de 40 espécies diferentes, entre mamíferos, répteis e aves, sendo 94% nativos da ecorregião da Serra Gaúcha. A despesa mensal do Zoo para a manutenção destes animais varia entre R$ 50 e R$ 60 mil.
“Os animais que compõem nosso plantel chegaram ao Zoo em decorrência da ação antrópica onde não foi possível a recuperação para o retorno à vida livre. Na sua maioria são vítimas de caçadores, contrabandos, criadouros ilegais, atropelamentos entre outras. Não estão contabilizados os custos com atendimentos, diagnósticos, tratamentos e internações de animais que são encaminhados pelos órgãos de fiscalização ambiental. São uma média de 30 animais por mês nesta situação. Despesas absorvidas pela UCS”, frisa.
Com o Zoo da UCS, são beneficiados mais de 800 alunos de graduação e pós-graduação, entre os cursos de graduação de Medicina Veterinária e Biologia e cursos de pós-graduação em Saúde Animal e Biotecnologia.
Além disso, anualmente nove mil estudantes visitam o Zoo da UCS, enquanto anualmente, o local recebe 85 mil visitantes da comunidade.
O Zoo está fechado para visitação do público desde o início da pandemia de COVID-19, no início de 2020 e aguarda reformas estruturais antes de reabrir.