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Bento não passa por uma superlotação de cemitérios, diz secretário

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A prefeitura deu 60 dias para que gavetas públicas em dois cemitérios da cidade, que tem mais de seis anos de uso, sejam ser liberadas

Bento não passa por uma superlotação de cemitérios, diz secretário
Fotos: Lucas Marques

Na última semana, a prefeitura de Bento Gonçalves, por meio da secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu), iniciou o processo de convocação de munícipes que são responsáveis por Carneiras Públicas – as gavetas – em dois cemitérios municipais.

Apoiada na Lei Municipal nº 5.033/2010, Decreto Municipal nº 8.095/13 e Lei Municipal nº 4.223/07, a prefeitura deu o prazo de 60 dias para que seja solicitada a transladação dos restos mortais daqueles que foram sepultados há mais de seis anos e que ocupam alguma vaga que pertence à prefeitura. A iniciativa é válida para os cemitérios Municipal (bairro São Francisco) e São Roque

Segundo o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Diego Salini, Bento Gonçalves não passa por um processo de superlotação dos cemitérios. “Há uma estimativa de ocupação e organização para o próximo ano”, disse ao SERRANOSSA. Salini explica que, atualmente, Bento conta com cerca de 40 gavetas disponíveis. “No entanto, existem diversas autorizações assinadas permitindo a liberação da gaveta e translado para o ossuário”, reforça.

O processo de autorização da transladação deve ser feito na sede da Segimu. “O responsável pela gaveta pública deverá comparecer na secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana para optar se fará o translado do corpo para outro cemitério ou até mesmo capela da família, e providenciar a devida autorização. Outra possibilidade é autorizar o translado do corpo para o ossário municipal”, explica Salini. 

Bento não passa por uma superlotação de cemitérios, diz secretário

A Segimu está localizada na rua 10 de novembro, número 190, Bloco 3, bairro Cidade Alta. O horário de atendimento da Divisão de Cemitérios é das 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia. O responsável deve ter em mãos os documentos que comprovam a utilização temporária da gaveta pública.

De acordo com a prefeitura, são dezenas de gavetas a serem liberadas. Algumas têm mais de 30 anos de uso. Outras atingem o tempo mínimo de seis anos. O secretário explica que a averiguação é gradativa e por blocos de localização.

O prazo para solicitar a transladação acaba em 12 de junho – o Executivo anunciou a convocação em 12 de abril. Caso o responsável não compareça na Segimu dentro do prazo, as gavetas serão desocupadas da mesma forma, e os restos mortais serão levados para o ossário municipal, sendo devidamente identificados. Para a ação, a prefeitura se apoia no artigo 11, combinando com o artigo 5º da Lei Municipal nº 4.223, de 01 de novembro de 2007.

Uma preocupação da secretaria responsável é o respeito aos falecidos e suas famílias. “Não há necessidade de reconhecimento por parte dos familiares, uma vez que [o falecido] está sepultado em gaveta nominada e identificada. O familiar não precisa acompanhar a remoção. Todo o processo poderá ser realizado apenas com a autorização da família”, salienta Salini.

A lista de gavetas a serem liberadas pode ser conferida aqui.