Brigada Militar afasta PM suspeito de acobertar trabalho análogo à escravidão em Bento

Uma investigação interna da BM identificou o suspeito de comandar os espancamentos sofridos pelos trabalhadores, como sendo o soldado Márcio Squarcieri, de 39 anos

Foto: MPT/Divulgação

A Brigada Militar afastou do serviço um policial militar suspeito de acobertar o trabalho análogo à escravidão que ocorria em Bento Gonçalves. Ele foi identificado pelos trabalhadores como o chefe da segurança na pousada localizada no bairro Borgo, onde estavam os 207 safristas da colheita da uva.

Uma investigação interna da Brigada Militar identificou o suspeito de comandar os espancamentos sofridos pelos trabalhadores, como sendo o soldado Márcio Squarcieri, de 39 anos, que atuava no 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas, o 3º BPAT, em Bento Gonçalves.

Marcio, que ingressou na Brigada Militar em 2009, é investigado por suposta tortura e por, supostamente, atuar como segurança privado na pousada e para a empresa que contratou os safristas.

O policial militar foi afastado do patrulhamento nas ruas e colocado em serviço interno. Além disso, há possibilidade de que seja, nos próximos dias, afastado de toda e qualquer atividade militar até o fim do Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pela Corregedoria-Geral da Brigada Militar.

A Brigada Militar chegou a pedir a prisão preventiva de Squarcieri, à 1ª Auditoria da Justiça Militar. Entretanto, o juiz que atua no caso, Francisco José de Moura Müller, decidiu declinar da competência para apreciar o pedido. Ele considera que o possível envolvimento do soldado com trabalho análogo à escravidão é delito que deve ser analisado pela Justiça Federal.

A Brigada Militar investiga outros policiais que seriam convocados por Squarcieri para reprimir os safristas da uva, quando ele achava necessário – mesmo quando estavam de serviço.

Com informações de GZH

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