A maioria dos vereadores bento-gonçalvenses optou por não convocar o diretor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb), João Marcelo Bertani, para falar sobre a denúncia de que um funcionário que ocupava um Cargo em Comissão (CC) no departamento teria realizado viagens particulares em dias de trabalho. A votação, na noite da última segunda-feira, 21, em sessão ordinária, teve apenas manifestações favoráveis dos quatro integrantes da bancada do PT.
Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa – presidida por Marlen Pelicioli (PPS) e tendo Enio De Paris (PP), líder de governo, como vice – já havia se negado a dar prosseguimento à investigação, sugerindo que fosse pedida a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para tratar do assunto. O Ministério Público (MP) também investiga o caso.
Sem conseguir aprovar a convocação de Bertani, o vereador Moacir Camerini (PT) garantiu que tentaria encaminhar a instalação da CPI. O principal obstáculo para criar a nova comissão, entretanto, é conseguir a adesão de pelo menos um terço dos parlamentares, ou seja, seis assinaturas.
A denúncia
Alvo da acusação, o engenheiro civil Nestor Ângelo Arioli Filho foi nomeado em 1º de março para finalizar os projetos de melhorias no Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos, recebendo R$ 2,9 mil mensais para 20 horas de trabalho por semana. Em meados de junho, com o trabalho finalizado, passou a auxiliar outras secretarias. Foi nesse período que, segundo as denúncias, o servidor teria se ausentado da função de forma indevida das atividades. Ele foi exonerado em 1º de outubro e, segundo a prefeitura, teve os dias não trabalhados descontados dos vencimentos.
Reportagem: Jorge Bronzato Jr.
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