Ceran atualiza a situação das usinas após as cheias de maio

A Usina 14 de Julho opera parcialmente devido ao rompimento da parte superior da barragem

Ceran atualiza a situação das usinas após as cheias de maio de 2024.
Segundo a Ceran, a barragem da Usina 14 de Julho está em condição segura, com a recuperação da soleira vertente em andamento. Imagem: Reprodução/Instagram @iveltonmateuszardo

A Cia. Energética Rio das Antas (Ceran) informou, nesta quinta-feira, 12 de setembro, que segue monitorando suas usinas e trabalhando para a normalização das operações após as cheias ocorridas em maio de 2024.

A Usina Castro Alves, localizada em Nova Roma do Sul, está em plena operação e não foi afetada. Já a Usina 14 de Julho, em Cotiporã, opera parcialmente devido ao rompimento da parte superior da barragem. A Usina Monte Claro, em Veranópolis, passa por um processo de modernização após danos causados pelas cheias.

A empresa destacou que as medidas necessárias estão em andamento, sob o acompanhamento da ANEEL. Segundo a Ceran, a prioridade sempre foi a segurança dos colaboradores e da população afetada, com as Defesas Civis sendo informadas durante todos os eventos. Inspeções na Usina 14 de Julho foram realizadas, confirmando a estabilidade da barragem.

A manutenção das estruturas danificadas já foi iniciada, e a conclusão depende das condições climáticas, especialmente com a chegada do período de chuvas. No dia 27 de agosto, a Ceran apresentou o Plano de Ação de Emergência das Barragens (PAE) para representantes das Defesas Civis da região e do estado, revisando as estratégias de resposta a emergências envolvendo as barragens da empresa.

Usina 14 de Julho

A barragem da Usina 14 de Julho está em condição segura, com a recuperação da soleira vertente em andamento. De acordo com a Ceran, a barragem no Rio das Antas não ultrapassou os limites de vazão previstos, e o rompimento parcial foi causado por dificuldades de acesso durante as chuvas intensas, que comprometeram a abertura total das comportas. Durante as altas afluências, as comportas devem ser mantidas totalmente abertas e, devido à impossibilidade de acioná-las, houve uma sobrecarga na parte superior da estrutura da barragem.

Imagens das obras de reconstrução da Usina Hidrelétrica 14 de Julho

Conforme a Ceran, estudos complementares indicaram que o rompimento parcial não agravou a situação dos municípios já impactados pelas cheias. A Ceran reitera que suas barragens não têm capacidade de absorver cheias devido à sua característica construtiva.

A empresa reforça seu compromisso com a segurança da população e a colaboração com os municípios, por meio de ações como projetos de educação ambiental e apoio social.