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COVID-19: aumento na internação de idosos reforça importância da vacinação

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Até o momento, apenas 38% dos idosos no Rio Grande do Sul receberam a dose bivalente, que é mais atualizada contra o coronavírus

Foto: Agência Brasil

Assim como em outras regiões do país, o Rio Grande do Sul tem apresentado um aumento nos casos de hospitalizações por COVID-19 recentemente. Nas últimas dez semanas, entre esses casos que vieram a precisar de hospitalização, dois em cada três são de pessoas com 60 anos ou mais. No período, os idosos representaram oito a cada dez mortes pela doença.  

O fato traz um alerta para a importância da vacinação, em especial para a população com maior risco de desenvolver quadros mais graves. Até o momento, apenas 38% dos idosos no Estado receberam a dose bivalente, que é mais atualizada contra o coronavírus. Isso quer dizer que somente cerca de 839 mil estão com essa dose em dia para uma população total estimada em mais de 2,2 milhões de pessoas. 

Segundo dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), os idosos representaram 66% das hospitalizações por covid-19 e 82% dos óbitos no recorte entre as semanas 37 e 46 do ano (de 10/9 a 18/11).  

Cobertura vacinal Pfizer bivalente segundo faixa etária 

Faixa – doses aplicadas (cobertura) 

  • 60 a 64 anos – 203.474 (31%) 
  • 65 a 69 anos – 200.713 (37%) 
  • 70 a 74 anos – 175.671 (43%) 
  • 75 a 79 anos – 121.246 (44%) 
  • 80 anos ou mais – 137.484 (41%) 
  • Total de idosos – 838.588 (38%) 

Fonte: Painel de vacinação de covid-19 do Ministério da Saúde 

Vacinação 

A vacinação com a dose bivalente é hoje recomendada para todas as pessoas acima de 18 anos, desde que no mínimo quatro meses após a última dose. Pessoas de 12 a 17 anos também podem receber desde que sejam integrante de algum outro grupo prioritário, como pessoas com comorbidades. 

Para quem já recebeu a bivalente, ainda não há perspectiva de nova dose. Para 2024 há uma estimativa de que a vacinação será seletiva, ou seja, por grupos prioritários, conforme exposição e risco para evoluir com gravidade (internações e óbitos), assim como acontece com a vacinação anual contra a gripe influenza. Esse protocolo ainda depende de definição pelo Ministério da Saúde. 

Tratamento  

Está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o primeiro medicamento para tratamento de pacientes com quadro leves a moderados da COVID-19. Trata-se de uma associação dos antivirais Nirmatrelvir e Ritonavir. Ele está indicado para pessoas com mais de 65 anos ou imunocomprometidos com mais de 18 anos. 

O medicamento visa reduzir o risco de internações, complicações e mortes pela COVID-19. A definição quanto ao seu uso cabe ao médico, conforme avaliação no momento do atendimento.

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