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Cuidar em casa ou institucionalizar a pessoa idosa?

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Foto: Freepik

Uma situação difícil, delicada, que pode gerar muita dor, muitas vezes julgamentos e culpa na maioria dos casos. Infelizmente, vivemos em uma região que tem uma cultura que se você é um familiar que faz a opção de institucionalizar o seu familiar, você será julgado, será apontado, e nós precisamos refletir que nem sempre a pessoa tem condições de estar no comando desse cuidado.

Estar disponível não é a mesma coisa que estar disposto. Às vezes não estamos nem disponíveis, nem dispostos, e não cabe a nós julgar essas situações, pois cada família tem o seu contexto e a sua história. Se você se deparar com uma situação dessas, quero te falar com o coração aberto: NÃO JULGUE! Não faça essa maldade de julgar essa atitude, pois para um familiar tomar uma decisão dessas, muitas vezes, é difícil e doloroso.

Mas a verdade é que, às vezes, essa pessoa idosa será mais bem cuidada em uma instituição que passe confiança do que em sua própria casa. Cuidar não é só dar remédio, dar banho, comida. O cuidado vai muito além disso. Nem sempre a pessoa consegue e quem não consegue cuidar dessa pessoa precisa reconhecer e buscar apoio. Por isso, não julgue.

Muitas pessoas podem ter condições de cuidar de seus familiares em casa, mas será que todo mundo sabe cuidar? Muita gente cuida, mas cuida de uma forma que não é a melhor forma para aquela pessoa, nem para quem está sendo cuidado.

Também temos pessoas que não conseguem cuidar de uma pessoa que tem Alzheimer ou qualquer outra demência, pois é muito desafiador. É necessário entender que é preciso que você aprenda a cuidar da forma correta. Esta forma é você entender o porquê de cada situação, o porquê de cada comportamento, saber como agir nos maiores desafios, saber como socorrer numa emergência. Você está preparado? 

Esse mito e preconceito sobre a institucionalização, no meu ponto de vista, não deveria existir. Não é hábito da nossa região cuidar fora de casa, mas isso não é ruim!

Andreza Lazzarotto | Psicóloga clínica CRP 07/37129 | Especializanda em Psicogerontologia. Crédito: William Camargo

Às vezes, em casa, essa pessoa não tem a atenção que poderia ter. Ela não tem assistência que poderia ter. Ela vai estar bem cuidada em algum em outro lugar e isso não é abandono, pois toda a família pode se revezar, estar presente na vida dessa pessoa, fazendo visitas, acompanhando como ela é cuidada, acompanhando de perto, sabe?

Você pode pedir para assistir alguma atividade que é realizada na instituição. É muito importante você se fazer presente. Por isso, você que está olhando a situação de fora, não julgue essa atitude, pois ela não é sua. Levar um familiar para uma instituição, às vezes, é a única opção e isso não é abandono.

Você já ouviu falar aquele ditado “o que tem solução se solucionará, o que não tem, solucionado está”? Às vezes não tem solução, e a solução é essa, ninguém tem o direito de julgar!

Agora, se você entende que essa não é uma opção para você, se você entende que tem condições de cuidar, aprenda, porque você vai ter uma vida diferente do que a maioria das pessoas tem. O conhecimento pode ser um divisor de águas na sua vida para que você possa aprender a cuidar de seu familiar com Alzheimer ou qualquer outra demência.

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