Donos de pousada confessam ter estuprado e matado artista venezuelana

Julieta Hernández Martínez, de 38 anos, estava desaparecida desde 23 de dezembro de 2023

Foto: Redes Sociais

A Polícia Civil do Amazonas prendeu um casal suspeito do assassinato da artista venezuelana Julieta Hernández Martínez, de 38 anos, que estava desaparecida desde 23 de dezembro de 2023, quando viajava de bicicleta em direção à Venezuela.

O corpo da artista foi encontrado na última sexta-feira, 05/01, enterrado em uma cova rasa, no terreno de uma pousada, em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O casal, dono da pousada onde ela estava hospedada, confessou o homicídio e o estupro.

Conforme a Polícia Civil, na noite de 23 de dezembro, a vítima dormia em uma rede, na varanda da pousada, quando o dono, um homem de 32 anos, a rendeu com uma faca.

Ainda segundo a polícia, o suspeito havia usado crack e a obrigou a fazer sexo oral. Em seguida, pediu à sua companheira que amarrasse os pés da artista, momento em que cometeu o estupro.

A namorada dele teria ficado com ciúmes e teria lançado álcool nos dois, ateando fogo na vítima. Mesmo sendo atingido pelas chamas, o homem atacou a artista e a matou com uma gravata. O corpo foi enterrado a 15 metros da casa.

A polícia de João Figueiredo desvendou o caso depois que um morador das redondezas viu partes da bicicleta da artista próximo do local onde estava enterrado o cadáver. Ele relacionou o achado às notícias divulgadas sobre o desaparecimento da artista e avisou a polícia.

O casal foi abordado e acabou apontando onde estava o corpo. O cadáver estava com os pés e mãos amarrados. O corpo, já em estado de decomposição, passou por perícia na tentativa de apurar a causa da morte. O laudo não havia sido concluído até domingo, 07/01.

O homem e a mulher foram presos em flagrante. Em audiência de custódia, a justiça acatou pedido da Polícia Civil de João Figueiredo e decretou a prisão preventiva do casal.

O inquérito apura os crimes de estupro e homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de meio cruel. Eles responderão também pelos furtos da bicicleta e de um celular da vítima.

Sobre a artista

Julieta fazia parte do grupo de artistas e ciclo-viajantes “Pé Vermei”. Ela estava no Brasil desde 2015 e atuava também como palhaça no Circo di SóLadies.

A artista havia saído de bicicleta do Rio de Janeiro e planejava chegar a Puerto Ordaz, em seu país. No trajeto, ela dormia em casas de outros artistas ou pousadas.

Em Presidente Figueiredo, ela procurou algumas pousadas, mas estavam lotadas. A artista acabou se acomodando na pousada onde foi assassinada.