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Economia do RS volta a ser aquecida após estragos das enchentes

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Na primeira quinzena de julho, foram registradas melhorias, por exemplo, no nível de atividade dos estabelecimentos em área inundada e nas vendas das indústrias

Economia do RS volta a ser aquecida após estragos das enchentes
Foto: Agência Brasil

A oitava edição do boletim econômico-tributário da Receita Estadual sobre os impactos das enchentes nas movimentações econômicas dos contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) do Rio Grande do Sul, publicada na sexta-feira, 19/07, demonstra um movimento de retomada da atividade econômica na primeira quinzena de julho. Foram registradas melhorias, por exemplo, no nível de atividade dos estabelecimentos em área inundada e nas vendas das indústrias.

Conforme o levantamento, o nível de atividade dos estabelecimentos é parecido entre os que integram o chamado Regime Geral, de maior porte, e os do Simples Nacional, composto por micro e pequenas empresas.

Dos 3.307 estabelecimentos do Regime Geral localizados nas áreas que foram inundadas, 78% estão com oscilações dentro da normalidade no período entre 10 e 16 de julho (nível de atividade a partir de 70% do habitual), 6% operam com nível médio (entre 30% e 70% do normal) e 16% apresentam nível de atividade baixo – ou seja, o volume de vendas está inferior a 30% da média normal registrada antes das enchentes. O índice de normalidade vem mostrando evolução a cada semana, desde o período entre 8 e 14 de maio, quando foi de apenas 30%.

No caso do Simples Nacional, dos 5.107 estabelecimentos em áreas que foram inundadas, 971 (19%) estão operando atualmente com nível baixo, 3% em nível médio e 78% dentro da normalidade. A evolução semanal também demonstra aumento dos estabelecimentos com níveis considerados normais. No período mais crítico da crise, o percentual foi de apenas 33%.

Os dados são corroborados pela análise das vendas das indústrias, com 6% de alta no volume entre os dias 1º e 15 de julho, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na visão por setores, os destaques positivos são Madeira, Cimento e Vidro (33,3%), Combustíveis (21,2%) e Móveis (21%). As quedas ficam por conta dos setores Metalmecânico (-8,8%) e Papel (-0,5%).

Na visão por região do Estado, as maiores baixas são verificadas no Sul (-11,7%), Celeiro (-4,5%) e Produção (-3,8%). Já as maiores altas ocorrem nas regiões das Hortênsias (24,5%), do Vale do Jaguari (22,3%) e Norte (18,1%). Os dados apresentados refletem não somente os impactos das inundações, mas também outros fatores econômicos e sazonais.

Comércio Exterior

A oitava edição do boletim também apresenta dados relativos à situação do comércio exterior ao longo de junho 2024, com melhora significativa em comparação com maio de 2024:

o valor total de importação em junho de 2024 no RS foi de R$ 5,94 bilhões. O resultado é 9,6% superior ao mesmo período de 2023. O aumento foi de 34,7% em comparação a maio de 2024;

o valor total de ICMS nessas operações foi de R$ 377 milhões. O resultado é 2,7% superior ao mesmo período de 2023. O aumento foi de 34,2% em comparação a maio de 2024;

o valor total de exportação em junho de 2024 no RS foi de R$ 10,12 bilhões. O resultado é 4,9% superior ao mesmo período de 2023. O aumento foi de 16,8% em comparação a maio de 2024.

Arrecadação de ICMS

Outro destaque do boletim é o impacto gerado na arrecadação do ICMS entre 1º de maio e 15 de julho. O valor projetado antes das cheias para o período era de R$ 10,63 bilhões. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 9,29 bilhões – ou seja, uma redução de R$ 1,34 bilhão (-12,6%).

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