Edson Fachin é eleito presidente do STF; Alexandre de Moraes assume a vice-presidência
Posse está marcada para 29 de setembro; eleição seguiu a tradição de escolher o ministro mais antigo que ainda não presidiu a Corte

O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu, nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, o ministro Edson Fachin como novo presidente da Corte e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o biênio 2025-2027. Na mesma votação, o ministro Alexandre de Moraes foi escolhido para exercer a Vice-Presidência. A posse ocorrerá em 29 de setembro.
A eleição, realizada de forma simbólica pelo Plenário do STF, seguiu a tradição prevista no Regimento Interno: o cargo deve ser ocupado pelo ministro mais antigo que ainda não tenha presidido o Tribunal. Fachin sucede o atual presidente, ministro Luís Roberto Barroso, que encerrará seu mandato de dois anos no fim de setembro.
Barroso elogiou a trajetória de Fachin e destacou sua capacidade moral e intelectual para conduzir o Tribunal. Fachin agradeceu a confiança e afirmou que pretende fortalecer a colegialidade, a pluralidade e o diálogo no STF. Moraes também agradeceu e disse que será uma honra trabalhar novamente ao lado de Fachin, com quem já trabalhou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Perfil de Edson Fachin
Nascido em Rondinha (RS) em 1958, Luiz Edson Fachin é professor titular de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde se graduou. Possui mestrado e doutorado pela PUC-SP e pós-doutorado no Canadá. Indicado ao STF em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, Fachin atuou como relator da Operação Lava Jato, do processo sobre o marco temporal das terras indígenas e da ADPF das Favelas, ação que discutiu procedimentos das operações policiais no Rio de Janeiro. No último biênio, foi vice-presidente ao lado de Barroso.
Perfil de Alexandre de Moraes
Paulistano, nascido em 1968, Alexandre de Moraes é formado pela Faculdade de Direito da USP, onde também concluiu doutorado em Direito do Estado e livre-docência em Direito Constitucional. É professor na própria USP e na Universidade Presbiteriana Mackenzie. Antes do STF, atuou como ministro da Justiça no governo Michel Temer, que o indicou à Suprema Corte em 2017, sucedendo o ministro Teori Zavascki. Também foi secretário de Segurança Pública e secretário de Transportes de São Paulo, além de presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).