Educação no RS não atinge metas, mas também não piora sua situação

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, o estado não conseguiu superar as metas impostas pelo Ministério da Educação

Foto: Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram, na quarta-feira, 14 de agosto, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023. De acordo com o indicador, o Rio Grande do Sul alcançou 6 pontos nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º), resultado que ficou 0,4 pontos abaixo da meta estabelecida para o estado no primeiro ciclo do Ideb (2007-2021). Nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental, Rio Grande do Sul alcançou 4,9 pontos e o ensino médio registrou 4,2 pontos, ficando abaixo da meta do Ideb projetada para o estado em todas as etapas de ensino.

Apesar de alguns estados terem se destacado nas três etapas avaliadas, o Brasil só superou a meta nos anos iniciais do ensino fundamental. Para o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, o resultado do Ideb reforça a importância de o MEC seguir atuando junto aos estados e aos municípios para a superação das desigualdades educacionais. 

“Estamos cientes do tamanho do nosso desafio para garantir uma educação pública de qualidade para todos. Por isso, estamos investindo em programas transformadores como o Pé-de-Meia e o Escola em Tempo Integral”, defendeu. 

A secretária de Educação do RS, Raquel Teixeira, reforçou que os resultados demonstram uma realidade mais precisa, pois a pesquisa alcançou um escopo maior da Rede Estadual. “O recorde em participação passa a permitir o diagnóstico do desempenho em 1.668 escolas adicionais, considerando todas as etapas avaliadas frente a 2021. Esses dados serão utilizados para orientações pedagógicas focalizadas e melhor adaptadas às escolas da Rede Estadual”, destacou.

Para enfrentar os desafios nessas duas etapas de ensino, o MEC tem investido em programas como Pé-de-Meia, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes no Ensino Médio, com previsão de atender quase 4 milhões de estudantes em 2024 com uma poupança de até R$ 9,2 mil ao longo de sua trajetória no Ensino Médio.

Para garantir que os estudantes aprendam mais, o MEC também tem apoiando a criação de 3,2 milhões de novas vagas em tempo integral com investimento de R$ 12 bilhões até 2026. Uma escola mais atrativa, com mais tempo e segurança em todo o Brasil é o foco do Programa Escola em Tempo Integral.