Segundo Ferronato, após 20 dias de campanha, ele e equipe ainda não haviam recebido verba alguma da Executiva Nacional do partido
Airto Ferronato, candidato do PSB ao Senado Federal pelo Rio Grande do Sul, desistiu de concorrer ao cargo nesta segunda-feira, 05/09. O anúncio veio no final da tarde, via coletiva de imprensa, e o motivo foi a falta de verba para viabilizar a campanha. Segundo Ferronato, após 20 dias de campanha, ele e equipe ainda não haviam recebido verba alguma da Executiva Nacional do partido.
De acordo com o ex-candidato, apenas a primeira suplente (Sanny Figueiredo) recebeu um depósito de R$ 195 mil, mas R$ 100 mil teriam sido retirados do partido. Disse ainda que aceitou fazer a campanha com apenas R$ 95 mil, mas, ao descobrir que não poderia usar o valor nem para impressão de santinhos, a situação ficou “insustentável”.
Atualmente, Ferronato é vereador em Porto Alegre cumprindo o sexto mandato. Segundo ele, o PSB recebeu R$ 268 milhões do fundo partidário. Destes, R$ 5,5 milhões seriam destinados a sede do partido no RS.
Essa não é a primeira desistência de campanha pelo PSB no Estado. Antes do início oficial da campanha, Beto Albuquerque desistiu de concorrer ao governo do RS. Na ocasião, o PSB alegou a dificuldade de criar uma aliança com o PT (que tem Edegar Pretto como candidato) e o PDT (que tem Vieira da Cunha como candidato).
Por meio de nota, o PSB informou que decidiu, ainda antes da definição da candidatura de Ferronato, priorizar as campanhas proporcionais de deputado (a) federal, consideradas estratégicas nesta eleição.
Nota do PSB gaúcho
Apesar do grande apreço pelo vereador Airto Ferronato, valoroso quadro do PSB no Rio Grande do Sul, a Comissão Executiva Nacional do partido decidiu, ainda no dia 28 de julho de 2022 – portanto, antes da definição de sua candidatura -, priorizar as campanhas proporcionais de deputado (a) federal, consideradas estratégicas nesta eleição.
Em relação às campanhas majoritárias, o PSB priorizou cinco Estados: Paraíba e Espírito Santo, onde disputa a reeleição, Pernambuco e Maranhão, onde concorre à sucessão, e Rio de Janeiro; em todos os casos, no valor correspondente à metade do teto previsto para uso dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).