Gaúchos devem gastar até R$ 6 bilhões em compras com o 13º salário
13º salário no Rio Grande do Sul deve injetar até R$ 11,8 bilhões na economia, segundo a Federação Varejista do RS

A Federação Varejista do Rio Grande do Sul estima que o pagamento do 13º salário no Rio Grande do Sul deve injetar valores entre R$ 9,9 bilhões e R$ 11,8 bilhões na economia gaúcha no final de 2025. Além disso, pesquisas da CNCDL e do SPC Brasil indicam que, excluindo o pagamento de dívidas, 50% desse valor será destinado ao consumo. Dessa forma, entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões devem retornar ao comércio e aos serviços do Estado.
Para a Federação, esse movimento funciona como uma das maiores alavancas de demanda do varejo e dos serviços neste período do ano.
“É fundamental que os empresários acertem especialmente no planejamento de estoque, nas campanhas, no atendimento e no timing para capturar esse fluxo. Quem se antecipar, se preparar e estiver alinhado ao comportamento do consumidor ganha vantagem competitiva”, orienta o presidente da Federação Varejista RS, Ivonei Pioner.
O estudo também revela a divisão do consumo. Cerca de 58% dos gastos, o equivalente a R$ 3,4 bilhões, devem ir para o varejo — como moda, calçados, brinquedos e eletrodomésticos. Os outros 42%, em torno de R$ 2,5 bilhões, devem ser destinados aos serviços, como turismo, lazer, alimentação e eventos.
O estudo também revela que 30% do consumo (R$ 1,77 bilhão) será para compras de presentes de Natal; 21% (R$ 1,24 bilhão) para festas e eventos de fim de ano; 20% (R$ 1,18 bilhão) para compras pessoais; e 29% (R$ 1,71 bilhão) para outras categorias.
“É um volume bilionário que retorna para a economia de consumo justamente quando o comércio mais precisa”, avalia Ivonei.
As estimativas consideram uma base de cerca de 2,82 milhões de trabalhadores formais no Rio Grande do Sul. O cálculo inclui ainda um acréscimo de 20% para contemplar servidores públicos e beneficiários do INSS. A projeção parte da média salarial nacional de R$ 3,5 mil entre os trabalhadores gaúchos.
A média de 50% do 13º salário direcionada ao consumo é um dado nacional. No entanto, esse percentual pode variar regionalmente, sobretudo devido ao nível de endividamento, à poupança, à informalidade e a outros fatores que influenciam o poder de compra dos gaúchos neste período.