Governo RS monitora caso de trabalhadores resgatados na Serra Gaúcha
Trabalhadores argentinos, 22 no total – incluindo um menor de idade – foram resgatados na última quarta-feira, 31/01, no interior de São Marcos
A articulação e o monitoramento do apoio aos 22 trabalhadores argentinos encontrados em situação análoga à escravidão em um lavoura de uva no município de São Marcos foram discutidos em uma reunião realizada na sexta-feira, 02/02, em Caxias do Sul. Participaram o titular da secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Fabrício Guazzelli Peruchin, a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae/RS), vinculada à pasta, e representantes das secretarias de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP) e de Desenvolvimento Social (Sedes).
As vítimas, entre elas um adolescente de 16 anos, foram encontradas na noite de quarta-feira, 31/01, e levadas a Caxias do Sul, onde estão abrigadas numa casa de acolhimento.
Na prefeitura, Peruchin foi recebido pelo chefe de Gabinete, João Uez, pelo procurador-geral do município, Adriano Tacca, pela presidente da Fundação de Assistência Social (FAS), Geórgia Tomasi, e pela diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da FAS, Franciele Roso.
O secretário participou de duas reuniões. Na primeira, ouviu e recebeu informações sobre o planejamento e a execução do resgate dos trabalhadores. Na segunda, apresentou as ações realizadas pela SJCDH, incluindo o acolhimento e pernoite das vítimas, a assistência à saúde dos trabalhadores e o encaminhamento para emprego daqueles que não desejam retornar ao país de origem. Todas as ações são amparadas pelas normas dos fluxos estadual e nacional de combate ao trabalho escravo.
“Nosso trabalho aqui é monitorar e acompanhar as ações do fluxo nacional e do fluxo estadual intersetorial de atendimento às vítimas, criado por decreto em 2023 pelo governador Eduardo Leite. Além disso, trabalhamos sob as diretrizes do Pacto Federativo para a Erradicação do Trabalho Escravo, assinado em janeiro. Na reunião, vimos na prática que os fluxos estão funcionando e as pessoas sendo atendidas, acolhidas e ficando seguras e com saúde”, afirmou Peruchin.