Justiça reconhece união estável de trisal de Novo Hamburgo

Com isso, o filho que uma das mulheres está gerando terá direito ao registro multiparental, ou seja, vai poder ter os nomes das duas mães e do pai

Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

A 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, reconheceu a união estável poliafetiva entre três pessoas, que juntos foram um trisal.

A decisão ocorreu na última segunda-feira, 28/08. Com isso, o filho que uma das mulheres está gerando terá direito ao registro multiparental, ou seja, vai poder ter os nomes das duas mães e do pai.

A família é formada pelos bancários, Denis Ordovás, de 45 anos e Letícia Pires Ordovás, de 51 anos, que são casados desde 2006. O casal buscava oficializar a relação de dez anos que mantém com outra mulher, Keterlin de Oliveira, de 32 anos, que está grávida.

“Eles queriam uma segurança e encontraram ela na forma do casamento. Até pela questão de cuidado um com o outro e garantias. Como é uma relação longa, já há uma dinâmica familiar, entre amigos e conhecidos. Foi mais um passo no relacionamento deles”, conta o advogado do trisal, Álvaro Klein.

Em um primeiro momento, eles tentaram o registro em cartório sem a judicialização, mas o pedido foi recusado pelo tabelionato. O homem e a mulher que já estavam casados precisaram se divorciar para fazer esse pedido. Agora, com a decisão judicial, os cartórios devem ser obrigados a aceitar o registro. Assim, os três estarão casados.