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Líder de comunidade alternativa no RS teria tirado R$ 20 milhões de grupo

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O espaço também teria cometido atos de tort*r*s psicológicas; a Operação Namastê ocorreu em Viamão

Líder de comunidade alternativa no RS teria tirado R$ 20 milhões de grupo
Foto: Polícia Civil

Nesta semana, a Polícia Civil, através da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, deflagrou a Operação Namastê, cumprindo mandado de busca e apreensão em uma comunidade alternativa de “sexo livre”, localizada no bairro Cantagalo, no limite entre os municípios de Porto Alegre e Viamão.

Na ação, foram apreendidos documentos, computadores, telefones celulares e máquinas de cartão, além de várias fotografias. Os indivíduos envolvidos são investigados pela prática de tortura psicológica, curandeirismo, estelionato e violações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A comunidade também mantinha uma sede no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, onde vendiam pães e outros produtos, mas recentemente foi desativada.

De acordo com a Delegada Jeiselaure de Souza, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão, a investigação iniciou quando ex-integrantes da referida comunidade procuraram o Ministério Público relatando uma série de atos violentos praticados pelo líder. Durante a investigação, várias vítimas foram ouvidas e relataram que procuravam a comunidade com o intuito de realizar as imersões e terapias bioenergéticas alternativas, meditações e outros rituais, como a prática de sexo livre como processo terapêutico. Também houve denúncias de que crianças eram expostas às práticas do local.

Os pacotes de imersão custavam entre R$ 8.000,00 (oito mil reais) e R$ 12.000,00 (doze mil reais) e após decidirem morar no local, os integrantes pagavam uma mensalidade e participavam de outras diversas atividades, como a venda de pães, agendas e cadernos. Todas as atividades eram coordenadas pelo líder, com o pretexto de que seriam revertidas em prol da comunidade; no entanto, isso não ocorreu.

As vítimas ouvidas até o momento narraram que sofriam tortura psicológica, violência física e patrimonial, além de crimes financeiros, sempre coagidas pelo líder e alguns outros integrantes da seita que realizavam os tratamentos alternativos no local.

A investigação aponta que, principalmente após a pandemia da COVID-19, o líder exigiu que todos os integrantes fizessem empréstimos bancários de altíssimo valor e entregassem para a comunidade, porém, desviou os valores e utilizou em proveito próprio, fazendo viagens luxuosas, investindo em suas empresas e também perdendo um alto valor em apostas on-line. A estimativa é que o líder espiritual tenha obtido e desviado mais de R$ 20 milhões e utilizado em proveito próprio. Além disso, os integrantes estão com um prejuízo superior a R$ 4 milhões, em razão das dívidas contraídas após a pandemia.

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