MetSul: “Sem meias palavras, o que já é grave vai piorar”

Ponte Bento Gonçalves-Cotipora embaixo d’água. Foto: Diogo Zanetti

A MetSul faz um alerta: O que já é grave vai a piorar. O cenário climático no Rio Grande do Sul deve evoluir para extremamente grave. O estado enfrenta novamente o quadro de cidades inundadas, enchentes, mortes e estragos, repetindo a situação do segundo semestre do ano passado, marcada pelo El Niño de 2023-2024. A MetSul Meteorologia adverte que a situação é crítica, com mais chuva esperada, o que aumenta os prejuízos materiais e o risco de perdas humanas.

As chuvas extremas das últimas 96 horas foram históricas, com acumulados acima de 400 mm em algumas cidades, como 271 mm em Bento Gonçalves, 287 mm em Santa Maria, 279 mm em São Gabriel, 237 mm em Canela, 226 mm em Caçapava do Sul, 215 mm em Rio Pardo, 206 mm em Campo Bom e 203 mm em Porto Alegre. Muitas cidades acumularam entre 200 mm e 300 mm, o que equivale a dois meses de chuva em apenas quatro dias.

Várias cidades devem enfrentar situação de calamidade a desastre. Em locais onde já choveu de 200 mm a 400 mm, os dados de modelos numéricos indicam mais 150 mm a 300 mm ou mais até sábado, o que faria os acumulados em parte do estado chegarem a 500 mm a 700 mm em apenas uma semana.

O cenário é agravado pela forte massa de ar frio na Argentina e pela massa de ar excepcionalmente quente sobre o Brasil, aumentando a instabilidade com a chegada de uma frente fria. Espera-se chuva forte na quinta-feira, 2 de maio, especialmente na Metade Norte, com risco de inundações repentinas, granizo e vendavais.

Assim, a chuva persiste no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, 1º de maio, feriado, com pancadas fortes a torrenciais em diversas regiões, especialmente no Noroeste, Oeste, Centro, Sul e Leste do estado.