Mulher que fez bolo em Torres foi a única a comer duas fatias, segundo polícia

Maida Berenice Flores da Silva, Tatiana Denize Silva dos Santos e Neuza Denize Silva dos Anjos morreram após comer bolo durante café da tarde em Torres

Maida Berenice Flores da Silva, Tatiana Denize Silva dos Santos e Neuza Denize Silva dos Anjos morreram após comer bolo em café da tarde em Torres.
Maida (à esquerda), Tatiana (ao centro) e Neuza (à direita) morreram após comer bolo em café da tarde. Imagem: Reprodução/Redes Sociais.

A Polícia Civil investiga um caso de possível envenenamento ou intoxicação alimentar em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O delegado Marcos Vinícius Veloso informou ao G1 que a mulher que preparou o bolo foi a única entre os presentes a consumir duas fatias. Ela precisou ser hospitalizada e segue internada em um hospital da cidade, apresentando melhora no estado de saúde.

Além dela, um menino de 10 anos também está hospitalizado, com quadro clínico estável. Os dois estavam entre os sete membros de uma família reunidos em uma casa para um café da tarde, na última segunda-feira, 23 de dezembro. Apenas uma das pessoas presentes não comeu o bolo. A mulher que fez o bolo mora em Arroio do Sal e levou o alimento até Torres para o encontro familiar.

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Três pessoas que ingeriram o bolo morreram em um intervalo de poucas horas: Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, sua irmã Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos, filha de Neuza. As mortes foram causadas por paradas cardiorrespiratórias e choque pós-intoxicação alimentar.

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Os alimentos consumidos pela família foram recolhidos para perícia, e os corpos das vítimas passaram por necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP), que busca confirmar as causas das mortes.

O delegado também revelou que o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro, supostamente por intoxicação alimentar. À época, o caso foi tratado como natural, mas a polícia solicitou a exumação do corpo para novas análises.

Nesta sexta-feira, 26 de dezembro, a GZH revelou que exames realizados nos dois familiares que continuam internados — a mulher que preparou o doce e o menino de 10 anos —, além de dona Neuza, que faleceu, indicaram a presença de arsênio no sangue. Essa substância é extremamente tóxica e pode causar a morte. O caso segue sendo investigado, com foco em esclarecer se houve contaminação acidental ou intencional nos alimentos.

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