Município de São Lourenço do Sul decreta calamidade pública

Município de São Lourenço do Sul decretou estado de calamidade pública após ser castigado por uma enchente. Mais de 2 mil casas ficaram alagadas depois da cheia do Arroio São Lourenço

Município de São Lourenço do Sul decreta calamidade pública.
Mais de 2 mil residências ficaram alagadas em São Lourenço do Sul. Foto: Jorge Schneid

A cidade de São Lourenço do Sul, no Sul do Rio Grande do Sul, enfrenta uma enchente severa após a cheia do Arroio São Lourenço. Por causa dos danos e do grande número de famílias atingidas, a prefeitura decretou calamidade pública neste sábado.

As chuvas atingiram a região com intensidade nos últimos dias. De acordo com o Cemaden, choveu 198 mm até a tarde deste sábado. Além disso, segundo a MetSul, medições de proprietários rurais indicam até 300 mm na área da bacia do arroio. Esse volume fez a água descer da zona rural e transbordar o arroio durante a madrugada.

Como consequência, o impacto é grave. Mais de 2 mil residências ficaram alagadas, e muitas famílias saíram às pressas de suas casas. Pelo menos 17 pessoas estão no abrigo emergencial da Comunidade Nossa Senhora de Fátima. Enquanto isso, outras 22 famílias encontraram abrigo com conhecidos, mas a prefeitura admite que o número real de desalojados é maior.

Além disso, a enchente danificou o aparelho que mede o nível do arroio, o que dificultou o monitoramento. O prefeito Zelmute Marten explicou que a água levou cerca de oito horas para chegar ao centro e destacou que o bairro Lomba é o mais afetado. Ele declarou: “Precisamos de apoio imediato. Agora, temos que torcer para um vento favorável que empurre a água para a Lagoa dos Patos”.

Desde a madrugada, a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil realizam resgates e transportam moradores. Paralelamente, a Defesa Civil Estadual enviou reforços, e a prefeitura solicitou apoio da Marinha. Técnicos e voluntários percorrem os bairros mais atingidos para auxiliar famílias e organizar doações de roupas, alimentos e itens de higiene.

A situação nas ruas permanece crítica. Ruas inteiras ficaram intransitáveis, veículos foram tomados pela água, e alguns moradores precisaram ser resgatados de barco. Por isso, as autoridades orientam a população a evitar deslocamentos e seguir as recomendações de segurança.

Por fim, a prefeitura publicará o decreto de calamidade pública ainda hoje. Essa medida agiliza a liberação de recursos e garante ajuda financeira para atender os moradores. Imagens aéreas mostram bairros completamente alagados e áreas rurais tomadas pela água, reforçando a gravidade da situação.

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