Policiamento Comunitário será novamente discutido

Após dez meses do anúncio de que Bento Gonçalves teria policiamento comunitário, o programa ainda não foi implantado na cidade. Isso devido ao atraso na entrega de viaturas e em razão da troca de governo municipal. Para agilizar o processo e apresentar a proposta ao prefeito Guilherme Pasin, o coordenador do projeto no Estado, coronel Júlio César Marobin estará na cidade na próxima semana.

Os núcleos de implantação da Brigada Militar e da Polícia Civil foram determinados ainda no ano passado. Outra etapa também concluída foi a da qualificação do efetivo que irá trabalhar no projeto, que aconteceu no mês de julho. “Nosso principal objetivo com a visita é reconstruir a proposta do projeto com a atual administração e explicar que a secretária estadual de Segurança Pública não irá interferir na decisão sobre de que forma ou por qual canal será destinado o recurso para pagamento da bolsa-auxílio aos servidores”, destaca Marobin.

O impasse começou ainda julho do ano passado, quando um projeto de lei foi elaborado pelo Executivo municipal para que o repasse oriundo da arrecadação do estacionamento rotativo – fundo do qual seria retirada a quantia necessária para o projeto – passasse a ser destinado ao Conselho Municipal de Segurança Comunitária (Consecom), e não mais para o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública (Consepro). A aprovação da matéria aconteceu somente em meados de agosto. Cada policial irá receber a bolsa-auxílio de R$ 602,49, o que equivale a sete Unidades de Referência Municipal (URM), para custear o aluguel de sua moradia.

Viaturas não foram entregues

Equipamentos da Brigada Militar, como pistolas calibre .40, coletes à prova de balas, rádios e demais acessórios, já estão na sede do Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat). Falta a entrega das sete viaturas Ford/Fiesta 1.6: serão seis para a Brigada Militar e uma para a Polícia Civil. Segundo Marobin, elas já foram faturadas, faltando apenas a pintura e colocação dos equipamentos. “O projeto não corre risco de não ser implantado em Bento Gonçalves. Estamos abertos para conversar e queremos que tudo seja resolvido o mais breve possível”, finaliza. O custo total para implantação do programa será de R$ 350 mil, custeados pelo governo do Estado.

Núcleos

Definidos ainda no mês de maio, os núcleos da Brigada Militar ficarão nos bairros São Roque/Universitário, Progresso/Humaitá/Maria Goretti, Cidade Alta/Juventude, São Francisco/Licorsul, São Bento/Planalto/Fenavinho e Botafogo/Santa Rita. 

Eles beneficiarão cerca de 40 mil moradores e foram definidos com base no estudo de dados da Seção de Inteligência do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat), que apontou, através dos registros de ocorrência, os locais com os maiores índices de delitos de pequeno porte, como roubo e furto. Critérios como a extensão territorial, dados populacionais e comerciais, quantidade de feiras e eventos e o fluxo turístico também foram analisados. Cada núcleo da BM será composto por três policiais, que trabalharão em dois turnos. 

Já os trabalhos realizados pela Polícia Civil (PC) terão foco na prevenção da reincidência de crimes, especialmente os cometidos contra mulheres, crianças e adolescentes. O núcleo será composto por oito policiais, que trabalharão nos dias de folga e finais de semana. Serão realizadas atividades, projetos, palestras e orientações de cunho preventivo. Os encontros acontecerão nos bairros Municipal, Conceição, Santa Helena e Aparecida. Assim como na BM, a escolha dos núcleos de atuação da PC foi realizada com base nas ocorrências registradas na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Reportagem: Katiane Cardoso


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