Presídio Feminino de Lajeado realiza formatura da 2ª turma do Projeto “Na Cozinha com a Languiru”
Nesta edição, sete apenadas receberam o diploma. Ao todo, já foram 15 diplomadas
O Presídio Estadual Feminino de Lajeado realizou, na quinta-feira, 09/02, a cerimônia de formatura da 2ª turma do Projeto “Na Cozinha com a Languiru”. Nesta edição, foram sete apenadas que garantiram o diploma.
A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), a Cooperativa Languiru e entidades de segurança. São oficinas de culinária que visam capacitar as apenadas para que elas tenham maior destreza e segurança na cozinha, preparando-as para uma recolocação no mercado de trabalho, após o cumprimento de sua pena.
Este segundo módulo contou com duas aulas mensais, com duração de 4h cada. Em cada uma delas, é ensinado um pouco de tudo que envolve o mundo de uma cozinha industrial, como práticas de cortes, estruturas e texturas de massas e cardápios de confeitaria e cozinha profissional.
Durante a ocasião, a delegada da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), Samantha Longo, disse estar muito feliz com a realização do projeto na região, pois possibilita às mulheres privadas de liberdade uma nova habilidade profissional para se colocarem no mercado de trabalho.
“Vivemos mais um dia importante junto à comunidade e a todas as pessoas que acolhem e apoiam o Presídio, assim como todas as atividades e projetos executados aqui. O nosso objetivo é garantir o crescimento pessoal e a qualificação profissional dos nossos apenados”, acrescentou.
O diretor-geral da Secretaria dos Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), Pablo Rodrigues, aproveitou a oportunidade para destacar que a ressocialização depende de toda a sociedade. “Este projeto é um ótimo exemplo, que merece ser replicado, de como promover a dignidade da pessoa humana através do trabalho e de comprometimento do poder público, iniciativa privada e comunidade.”
A implantação do projeto junto à unidade prisional também busca aliar as ações de qualificação ao combate à pobreza, já que é uma forma de gerar renda às apenadas e suas famílias.
Para a chefe da Divisão de Trabalho Prisional do Departamento de Tratamento Penal (DTP), Fernanda Dias, oportunizar a qualificação profissional é possibilitar uma trilha de novos caminhos. “Ouvir o relato dessas mulheres, que hoje vislumbram um futuro diferente do que vivenciaram até então, tendo como pilar o aprendizado que possibilitará o exercício de uma profissão, é muito gratificante e nos motiva a avançar cada vez mais nas ações de Tratamento Penal”, comentou.
A primeira edição do curso foi realizada no primeiro semestre do ano passado e teve duração de seis meses, sendo uma aula mensal com duração de 4h. Em julho, foi realizada uma formatura com a entrega de certificados.
Fonte: Susepe